Após convocar 22 jogadores para os dois amistosos da Seleção Brasileira em setembro, o técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, disse que procurou manter a base do time e preservar os clubes brasileiros, evitando chamar muitos atletas que atuam no país.
“Nesta convocação foi possível preservar alguns atletas e clubes brasileiros dentro de uma ideia de usarmos os amistosos para observar um ou outro. (Convocamos) o mínimo possível de atletas no Brasil para deixar os clubes em condições de disputar suas competições. Nós praticamente convocamos um de cada clube. Teríamos possibilidade de dois ou três, mas optamos por um de cada clube”, explicou o treinador.
Após ficar fora do grupo que disputou e venceu a Copa das Confederações, Ramires foi chamado novamente por Felipão, que descartou qualquer problema com o volante. “A Seleção Brasileira está em primeiro lugar. A situação com Ramires já foi explicada. Ele foi convocado novamente e vai ter oportunidade de conviver conosco”, disse, em referência a um episódio em que Ramires teria pedido para ser dispensado de um amistoso. “Se vai ficar, só a condição física e técnica dele vai definir”, acrescentou o treinador.
O lateral-direito Maicon não era convocado desde 2011 e também terá nova chance. “É um jogador com quem já havia conversado. Observava no Manchester City. Na Roma, os detalhes que colhi é de que está muito bem e de que a Roma está satisfeita. É uma oportunidade para que eu possa observá-lo e ver como andam as condições físicas e técnicas, para decidir se vale a pena continuar convocando e investindo. Estamos buscando experiência dentro dos jogadores que temos”, disse o treinador, garantindo que a convocação do lateral não tem relação com a fase vivida pelo titular Daniel Alves, também convocado.
Felipão convocou apenas dois goleiros, como já havia feito na lista para o último amistoso da Seleção, diante da Suíça. Na ocasião, Jefferson foi o titular na derrota por 1 x 0, já que Julio César estava sem jogar em seu clube, o Queens Park Rangers. “Já resolveu a situação dele no clube. Já conversamos com ele. É o goleiro em que temos plena confiança. Admiramos demais. Resolvemos nesta semana uma ideia que tínhamos junto a ele e seu clube. Quando terminar essa situação da janela de transferência, já estará resolvida a vida dele. Provavelmente, com a permanência dele em seu clube”, disse Scolari.
Felipão disse ainda que qualquer jogador pode ter chance na Seleção Brasileira, mesmo que não esteja jogando na primeira divisão, casos de Henrique, do Palmeiras, e de Júlio César, do Queens Park Rangers, da Inglaterra. “Não observo só a primeira divisão. Atleta bom pode estar até na terceira. Se está dentro daquilo que acho importante, chamo para a Seleção. Não tenho problema nenhum. O nível da Série B brasileira é muito bom. O nível da Série B da Inglaterra, se não estou enganado, está entre os cinco melhores do mundo. Não é demérito para ninguém trabalhar lá. O que tiver de bom na primeira, na segunda e na terceira será convocado”, afirmou.
Adversários
Scolari elogiou a Austrália, próxima adversária da Seleção, e garantiu que “vai ser ótimo jogar contra” Portugal, seleção que ele treinou entre 2003 e 2008. “A Austrália tem jogadores que atuam em muitos clubes europeus. É uma seleção formada por jogadores de bom porte físico, bom poder de marcação. Já está classificada para o Mundial. Não vou falar de nomes, individualmente. Como equipe, é uma boa equipe”.
Diante de Portugal, Felipão admitiu que o sentimento será diferente. “Quando estávamos lá jogamos contra o Brasil duas vezes. Ganhamos as duas. Vivíamos isso quando jogávamos contra o Brasil. Agora, voltando e enfrentando Portugal, é como se fosse a mesma relação, mesmo eu não sendo português. Saímos em 2008 e a sequência tem sido de um relacionamento espetacular com eles. E vai ser ótimo jogar contra”, afirmou.
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