Em movimentação independente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (SINTEGO), os professores e profissionais da rede municipal decidiram em assembleia iniciar movimento de greve. Escolas e Centros de Educação Infantil já têm atividades paralisadas e a estimativa do Comando de Luta, movimento que organiza os profissionais, cerca de 60% das unidades já está paradas por tempo indeterminado.

A principal motivação para a greve foi a modificação na forma de pagamento do auxílio de Difícil Acesso. O prefeito Paulo Garcia (PT) enviou projeto de Lei à Câmara para ampliar o agora chamado de auxílio Locomoção a todos os professores, mas agora com um valor maior. Antes, cerca de 40% dos funcionários recebiam o valor de R$ 319,00. Com a mudanças, 100% vão receber R$ 200,00, por cada 30 horas semanais de trabalho.

Hugo Rincon é membro do Comando de Luta e explica quais são as principais reivindicações. “O que fez eclodir todo esse movimento foi uma mudança no Difícil Acesso, em que grande parte da categoria teve o benefício reduzido. Eles tiraram de alguns e deram para outros,” explica.

O projeto que altera o pagamento do Auxílio Locomoção foi aprovado em primeira votação na Câmara Municipal e agora passa pela análise da Comissão de Educação da Casa. O presidente da comissão, vereador Tayrone Di Martino (PT), afirma que esta mudanças ainda passa por uma negociação com a própria categoria. “Como está em primeira votação, a gente vai para a comissão específica. Nós temos várias conversas sendo feitas, se houver possibilidade de alteração, a gente vai trabalhar para que seja feita a alteração e ampliar os direitos dos professores. Muitos professores defendem a proposta que está aí,” argumenta.

A greve dos professores da rede municipal segue por tempo indeterminado. Uma nova decisão pode ser dada na próxima terça-feira, quando uma nova assembleia deve ser realizada.