O vereador por Goiânia, Paulinho Graus (PDT) concedeu nesta terça-feira (21) uma entrevista exclusiva à Rádio 730. Em pauta, a liderança da base ligada ao prefeito Iris Rezende (PMDB) na Câmara de Vereadores da capital.

Em meio às articulações políticas, a base do prefeito ainda não consolidou uma liderança na Câmara. Experiente, Graus é apontado como um dos principais candidatos a assumir a liderança governista na Casa. Entretanto, o vereador garante que a escolha do líder está atrelada às percepções pessoais de Iris Rezende. “É uma tarefa muito árdua e eu preciso estudar isso ainda. Iris vai optar por um líder importante, que tenha conhecimento para ajudá-lo. O líder é exclusivamente uma escolha pessoal do prefeito”.

Desde fevereiro, os parlamentares têm se articulado buscando alianças políticas na Câmara. Como consequência desse processo, os vereadores da oposição e da base se dividiram até o momento em três blocos: “Por uma Goiânia melhor”, “Juntos por Goiânia” e “Pró-Goiânia”.

De acordo com Paulinho Graus, a divisão em blocos foi motivada pelo resultado das eleições municipais. “Quanto mais vereadores o partido tem, mais espaço ele vai ter. Como houve uma grande quantidade de partidos com uma cadeira só, houve um enfraquecimento disso, dessa influência. Então os políticos decidiram se unir para que as comissões sejam montadas, porque senão, pela proporcionalidade, vários vereadores que têm capacidade podem ficar de fora das comissões. Por isso os grupos foram formados”, explica.

Comurg

A falta de recursos em caixa se configura como um dos principais desafios enfrentados pelo Executivo municipal. O próprio prefeito Iris Rezende utilizou a expressão “É de cair de costas” para se referir à situação financeira negativa.

Segundo Paulinho Graus, a situação de alguns órgãos ligados à prefeitura – como, por exemplo, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) – é pior do que Iris imaginava. “A prefeitura estava numa situação difícil e, nos últimos meses, o ex-prefeito Paulo Garcia (PT) criou mais de 600 cargos com salários de R$ 5 mil e R$ 10 mil na Comurg. Então, a situação é 100 vezes pior do que o Iris pensava”.

A saída política defendida pelo vereador para cortar os altos salários na Comurg está relacionada com a realização de acordos coletivos. No entanto, ainda não há nenhuma movimentação em curso nesse sentido.

A legislação trabalhista define o acordo coletivo como um ato que estipula condições de trabalho aplicáveis, no âmbito da empresa ou empresas acordantes, às respectivas relações de trabalho. A celebração dos acordos coletivos de trabalho é facultada aos sindicatos representativos das categorias profissionais, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Confira a entrevista na íntegra:

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