Professores da rede muncipal de ensino ocuparam hoje (07) a sede da Secretaria Municipal de Ensino de Goiânia (SME), na Praça Jamel Cecílio no Setor universitário. O movimento teve como objetivo pressionar para retormar as negociações com o poder público, uma vez que foi encaminhada uma proposta para a Câmara cuja carga horaria é de 40 horas semanais e um salario de R$ 1,378.
“É uma forma de pressão para que a Comissão juntamente com a direção da Sintego seja recebida pela Secretaria de Educação e o prefeito, e que haja de fato disponibilidade para atender as reivindicações e propostas que o movimento está fazendo”, argumenta a representante da Comissão de Professores, Marta Jane da Silva. Ela ainda revela que a categoria tem tido dificuldades na discussão das propostas com a prefeitura. “Nós não aceitamos a forma como a prefeitura tem tratado o movimento”, afirmou Marta.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Goiás (Sintego), Yeda Leal, também cobra uma resposta da prefeitura. “Estamos querendo agendar uma reunião para a negociação da nossa pauta de reivindicação. Queremos uma resposta, qual vai ser a data para a gente poder ter a reunião com a Comissão e com a Sintego”, disse Yeda em entrevista à rádio 730.
NOTA OFICIAL
A Secretaria Municipal de Comunicação da prefeitura de Goiânia divulgou nota sobre o incidente ocorrido na sede da SME. Segundo a nota, diante a ocupação e da postura agressiva de algumas pessoas que integraram a manifestação, os guardas municipais, atendendo a atribuições previstas em lei, agiram para resguardar a segurança do prédio e do patrimônio público.
Além disso a nota destaca que os guardas responsáveis pela segurança da sede também buscaram garantir a segurança dos servidores da Secretaria, que não aderiram ao movimento grevista e que, dentre várias atividades, trabalham para dar andamento a mais de 2000 processos de progressões, o que irá beneficiar os próprios professores da Rede Municipal de Educação.
Sobre a solicitação feita pelos manifestantes que ocupam a Secretaria, de que só deixarão o prédio caso sejam recebidos pela secretária municipal de Educação, Márcia Carvalho, a Secom esclareceu que há uma comissão da Prefeitura designada exclusivamente para as negociações com os professores grevistas da Rede Municipal de Educação.
Márcia Carvalho informou na nota que nenhum órgão da Prefeitura que compõe a Comissão de Negociação, ou mesmo outro qualquer, está autorizado a negociar isoladamente com os grevistas da Educação. A secretária esclarece ainda que toda e qualquer solicitação de audiência para novas negociações devem ser encaminhadas a Secretaria Municipal de Governo, pasta que coordena a interlocução com os professores grevistas.