O futebol vai muito além do que acontece dentro das quatro linhas, e o exemplo mais recente é Willi Orbán. O zagueiro de 30 anos da Hungria foi poupado da última partida do RB Leipzig, no sábado (11), pela 20ª rodada do Campeonato Alemão, por uma causa nobre.

Desde 2017 doador do DKMS, o registro nacional da Alemanha para doadores de medula óssea, o defensor enfim teve a oportunidade de doar células-tronco na semana passada, após ser encontrado como compatível com um paciente com câncer de sangue.

Em entrevista ao site do seu clube, Orbán admitiu surpresa ao saber que era compatível, mas ressaltou que “não pensei duas vezes e queria fazer a doação o mais rápido possível”, e comemorou a “chance de potencialmente salvar a vida de outra pessoa com muito pouco esforço. Espero que a minha doação o ajude a se recuperar da doença”.

Apesar da ausência nos treinos e do risco de perder o jogo contra o Union Berlim – em que, todavia, acabou relacionado -, o zagueiro afirmou que “mesmo com as minhas ambições esportivas, o futebol é secundário nesse caso. Espero que isso inspire mais pessoas a se registrarem. O processo foi muito simples e sinto que fui muito bem cuidado”.

Natural de Kaiserslautern, na Alemanha, Orbán é filho de um húngaro e uma polonesa, e representa a seleção principal da Hungria desde 2018. Vice-capitão do Leipzig, está no clube há oito temporadas, com 269 jogos disputados. Neste ano, participou de 29 partidas.

Destacado pelo seu clube como “um profissional exemplar, que cuida de sua alimentação, forma física e mente, mas também com um olhar para além das quatro linhas”, o jogador foi exaltado pelo adversário do último fim de semana, que, a exemplo do Leipzig, incentivou o cadastro de seus torcedores no banco do DKMS.

Existem coisas mais importantes do que o futebol, e Orbán deu uma bela demonstração de ser um exemplo positivo dentro do esporte. Ao fazê-lo, teve a oportunidade de possivelmente salvar uma vida.

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