Em seu primeiro discurso após assinar o termo de posse da presidência da República, Lula destacou que a principal vitoriosa da última eleição foi a democracia. O presidente tomou posse na tarde deste domingo (1), no Congresso Nacional.

“Se estamos aqui hoje, é graças à consciência política da sociedade brasileira e a frente democrática que formamos ao longo desta histórica campanha eleitoral. Foi a democracia a grande vitoriosa nessa eleição, superando a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu”, destacou o presidente.

Durante diferentes momentos do discurso, Lula citou ações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), as quais ele considerou desastrosa. Lula criticou bastante a desorganização administrativa. Lula destacou que não carrega nenhum ânimo de revanche. No entanto, relatou que aqueles que cometeram atos ilícitos deverão responder na Justiça, com direito a ampla defesa.

O presidente disse que há 14 mil obras paradas no Brasil e que retomará o Minha Casa Minha Vida. “Vamos retomar o Minha Casa, Minha Vida e estruturar um novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para gerar empregos na velocidade que o Brasil quer e necessita”, comentou o presidente.

Lula destacou que após a destruição de políticas públicas nos últimos anos, seu terceiro mandato será para a reconstrução dos direitos sociais e políticos presentes na Constituição de 1988.

Lula argumentou que o cenário visto pelo governo de transição é “estarrecedor”. “Esvaziaram os recursos da saúde; desmontaram a educação, a cultura, a ciência e tecnologia; destruíram a proteção ao meio ambiente”, destacou o novo presidente da República, que também disse que o antigo governo não deixou recursos para a merenda escolar, vacinação, segurança pública, entre outras áreas.

O chefe do Executivo também anunciou que, como um dos primeiros atos de governo, revogará os decretos armamentistas de Bolsonaro. “O povo não precisa de armas.

Meio Ambiente

Luiz Inácio Lula da Silva também destacou temas sobre o Meio Ambiente, que o Brasil volte a liderar discussões sobre as mudanças climáticas.

Lula disse que uma das prioridades será a de recuperar áreas de terra degradadas. “Não vamos tolerar a violência contra os pequenos, o desmatamento e a degradação que tanto mal fizeram ao nosso país”, afirmou.

Política econômica

O presidente deu algumas indicações de suas prioridades econômicas, como a reindustrialização do país, a transição energética e zerar o desmatamento da Amazônia. Lula criticou o Teto de Gastos e relatou que pretende revogar a medida.

“O SUS é provavelmente a mais democrática das instituições criadas pela Constituição de 1988. Certamente por isso foi a mais perseguida desde então, e foi, também, a mais prejudicada por uma estupidez chamada Teto de Gastos, que haveremos de revogar.”

Lula argumentou que o antigo governo desorganizou a governança da economia: “Dilapidaram as estatais e os bancos públicos. Entregaram o patrimônio nacional. Os recursos do país foram rapinados para saciar a estupidez dos rentistas e acionistas privados nas empresas públicas”.

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