O torcedor ainda não conseguiu engolir a humilhação do Mineirão.

Já jogadores e comissão técnica tem uma outra visão do fato. 

As declarações são de que aconteceu um apagão e que os números mostram o bom trabalho realizado por Felipão e seus comandados.

Foi “apenas” uma catástrofe.

Talvez o Brasil nunca mais venha a perder um jogo de sete, mas outros vexames acontecerão. 

Alguém já se esqueceu o vareio de bola que o Barcelona deu no Santos?

Mas cá entre nós, entre os personagens da Seleção podemos contar nos dedos os que realmente estão sentidos com a papagaiada da semifinal.

Neymar, tirado da Copa por conta da lesão na coluna, foi jogar pôquer em casa após a goleada de terça-feira.

Boa parte dos brasileiros estava chorando e outros bebendo.

São maneiras diferentes de absorver um resultado humilhante.

E a maneira da Seleção Brasileira encarar a aula de futebol dada pela Alemanha será com soberba.

Encarar a humilhação dizendo que somos penta campeões mundiais, que aqui é o país do futebol e que temos os principais craques do planeta.

O velho blá-blá-blá de pessoas que não querem encarar a realidade.

Estamos atrasados, temos um péssimo campeonato e técnicos na maioria ultrapassados.

Os adversários já conseguem produzir jogadores de qualidade como aqui. 

Se lembra quando um brasileiro foi o melhor do mundo?

Para que você não perca tempo pessando, já respondo: Foi Kaká em 2007.

Trazendo o exemplo do adversário que reduziou o Brasil a pó na semifinal da Copa do Mundo: O Campeonato Alemão tem uma média de público três vezes superior ao Brasileirão. 

Lá existem no mínimo cinco times que conquistariam a nossa Serie A na virada do turno. 

Organização, belos estádios e respeito aos torcedores… Tudo por lá é melhor do que aqui. 

É só abrir os olhos.

Muitos vão dizer: “mude para lá” ou “você não é brasileiro” 

Sou brasileiro com muito orgulho e muito amor, como a música ridícula que foi cantada nas arenas durante a Copa, e por gostar do meu país, que quero o melhor para ele.

Desejo que meu filho goste de um futebol bem jogado e que possa acompanhar isso de perto. 

Mas hoje só podemos ver um jogo realmente de qualidade quanto ligamos a televisão para acompanhar os campeonatos europeus. 

Para mudar seria preciso uma postura honesta e profissional dos nossos dirigentes, mexer na raiz do futebol, na postura de jogadores e técnicos. 

Só que isso não vai acontecer, até porque nossos dirigentes se consideram honestos e profissionais.