Em entrevista à Sagres, nesta sexta-feira (17), o especialista em inovação Douglas Falcão explicou como usar a economia criativa para melhorar a vida das pessoas. “É pegar o conceito de que a pessoa pode aplicar o que ela já sabe fazer”. O especialista exemplificou com uma pessoa que sabe fazer bolo, mas não sabe como gerar renda com esse serviço. “Então nós vamos ensinar a pessoa dentro do que ela tem de criatividade, mas com conceitos técnicos. Vamos ensiná-la a vender, a criar um rol de produtos dentro do que ela faz para poder gerar renda e receita para ela e a família”, disse.

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Dentro do modelo de Arranjos Produtivos Locais, Douglas afirmou que ensinar a pessoa a produzir a partir do que ela tem de criatividade é apenas o começo. A intenção, segundo Douglas, é integrar comunidade, empresas, o governo e o arranjo produtivo para que haja sinergia dentro desse ecossistema. “Por exemplo, para os jovens nós trabalhamos temas mais voltados para a parte de marketing e comunicação. O jovem vai ensinar essas pessoas que não são da era da informática a ir para o digital”.

Para o especialista, os arranjos devem trabalhar com ações específicas para atender as necessidades de uma região. “Por isso que as ações que são definidas e executadas naquele arranjo devem trabalhar com a realidade. Nós trabalhamos muito com pesquisa, que vai direcionar para onde vai”.

Douglas contou ainda que há um desconhecimento sobre programas que podem ajudar no início de um negócio. “Hoje nós temos linhas de crédito específicas para financiamento, material para a pessoa iniciar o empreendimento dela. Se é um negócio de costura, por exemplo, que tem a ver com economia criativa, não há impedimento para que essa pessoa consiga o acesso ao crédito mínimo para iniciar”, concluiu.

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