Foram poucos anos, apenas dois como presidente do Goiás Esporte Clube, mas João Bosco Luz tem conquistas importantes à frente do time esmeraldino. Recebeu o cargo das mãos de Hailé Pinheiro e, em meio à uma reformulação, foi bicampeão goiano, campeão da Série B em 2012 e uma sexta colocação na Série A no ano seguinte, o que quase levou o clube à Libertadores de 2014.

Em entrevista à Sagres 730 em um especial para relembrar a história do Goiás nestes 76 anos, João Bosco Luz comentou diversos assunto.

“Eu cheguei ao Goiás na eleição realizada no final de 2011 para assumir a presidência a partir de primeiro de janeiro de 2012 em um momento muito importante para o clube. A gente havia passado por uma intervenção do Conselho Deliberativo na diretoria executiva onde seu Hailé Pinheiro assumindo a presidência executiva. Esse foi um processo muito penoso financeiramente. Quando seu Hailé me passou a presidência, o que imaginávamos que levaria 20 anos para recuperar, já foi dado o primeiro passo para a recuperação. Nós iniciamos ali em 2012 esse processo de recuperação e não tínhamos um ativo para fazermos um caixa extra. Mas com o reequilíbrio financeiro que o Hailé trouxe nós conseguimos fazer uma boa campanha em 2012, o Goiás foi campeão goiano, fizemos uma excelente campanha na Copa do Brasil e isso tudo culminou com o bicampeonato da Série B”, destacou.

João Bosco Luz destacou que não se arrepende de nada que foi feito e revelou ainda que foi durante sua gestão que nasceu o tão famoso “colegiado”, grupo de dirigentes responsável pelas tomadas de decisão no clube.

“Para te falar a verdade, não tenho nada para me arrepender daquilo que foi feito durante minha gestão. Eu inaugurei uma nova era no Goiás onde o presidente executivo passou a não decidir nada, absolutamente nada sozinho. Tudo o que foi decidido a partir do primeiro dia da minha gestão até hoje são decisões colegiadas. Na minha gestão tudo era debatido e decidido entre eu, doutor Sérgio Rassi e doutor Adriano Oliveira que eram meus vices, e aquilo que nós três decidíamos em maioria, ainda submetíamos as questões mais relevantes ao senhor Hailé e ainda dávamos à ele o poder de veto”.

João Bosco Luz

O ex-presidente esmeraldino numerou as diversas conquistas “estruturais” do clube nestes dois anos e revelou que, mesmo com a frustação de ter deixado a vaga da Libertadores de 2014 escapar no último jogo, ainda vê com bons olhos a campanha na elite do futebol brasileiro em 2013.

“Nós fizemos um trabalho de investimento consistente na reformulação estrutural do Goiás, especialmente na estrutural. Nós reformamos o Estádio Hailé Pinheiro, trocamos o gramado, o rebaixamos em um metro, fizemos um colchão drenético, tanto é que até hoje drenagem não é problema, reconstruímos os vestiários do estádio, construímos aquele campo anexo com a mesma grama utilizada nas arenas de Copa do Mundo e também o campo 8 com a mesma drenagem da Serrinha, construímos aquela piscina do jeito que o departamento médico e físico solicitou, enfim reformulamos o departamento médico com vários aparelhos e várias outras obras. Isso tudo deu condição para fazermos uma ótima campanha também em 2013, quando chegamos no último jogo com condição de conquistar a vaga na Libertadores de 2014, mas infelizmente não conseguimos, mas pelo menos conseguimos terminar aquele campeonato em sexto lugar nacional o que para mim, mesmo passando pela decepção de não conseguir a vaga para a Libertadores, ainda sim me deixa muito orgulhoso aquela sexta colocação”, destacou.

Para finalizar, João Bosco Luz escolheu dentre tantos nomes, o principal técnico que já passou pelo Goiás Esporte Clube nestes 76 anos de história.

“Nós tivemos grandes nomes que passaram pelo Goiás. Dentre esses grandes nomes eu poderia citar, como exemplo, Paulo Gonçalves. Poderia citar também que o melhor técnico que passou pelo Goiás fosse Enderson Moreira. Ele fez um ótimo trabalho, foi o único técnico na minha gestão durante os dois anos, mas, para mim, o melhor técnico que esteve no Goiás chama-se Paulo Gonçalves”, concluiu o ex-presidente.

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