(Foto: Arquivo / Sagres Online)
O presidente da Associação Pró-desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), Otávio Lage de Siqueira Filho, disse à Sagres 730 nesta terça-feira (24), que a prorrogação do Fundo Protege com a alíquota de 15% vai tirar a competitividade dos setores produtivos de Goiás. Com isso, o Estado “vai deixar de ter novos investimentos” e o “desenvolvimento não vai chegar com a rapidez que precisa”.
Na semana passada a Assembleia Legislativa aprovou a prorrogação do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege Goiás) a partir de abril de 2020 com alíquota de 15%, com forte oposição dos empresários, que chegaram a fazer uma manifestação em 11 de dezembro e críticas ácidas dos líderes empresariais ao governo. Na semana passada o governo concordou em adiar para o próximo ano a votação do ProGoiás, programa de incentivos fiscais em substituição ao Fomentar/Produzir, para discutir propostas de mudanças apresentadas pelos empresários.
O presidente da Adial detalhou à Sagres que ainda no período de transição do governo de José Eliton (PSDB) para Ronaldo Caiado (DEM), houve um diálogo entre os empresários e o governador eleito, para entrar em um consenso para diminuir os benefícios ficais e aumentar a carga tributária. Segundo ele, com a alegação de que a situação do Estado estava muito crítica, os empresários se sensibilizaram e abriram mão de 15% do Protege. “Quando há um consenso, acontece uma perda de produtividade, porém, ninguém vai fazer uma mudança sendo que houve um acordo. Agora, o Protege de 15%, vindo de cima para baixo sem diálogo com o setor produtivo, a gente sabe que não vai dar certo, que vai ser ruim para o Estado de Goiás”.
O novo programa de incentivos fiscais, proposto pelo governo estadual, pretende substituir os atuais programas Produzir/Fomentar no processo de atração de novos investimentos para Goiás. De acordo com Otávio Lage, presidente da Adial, houve a participação dos empresários em diversas reuniões com a secretária de Economia, Cristiane Schmidt, onde propuseram diversas melhorias. “O ProGoiás, que está iminente de ser votado no ano que vem, começou com um projeto e com as reuniões que tivemos foram ajustando, depois nós vimos o projeto completo, mesmo demorando a nos repassar, vimos vários pontos de melhoria e colocamos para a secretária, com certeza, isso vai impactar na melhora do contexto do novo programa ProGoiás”, disse. “Então o dialogo é importante, isso que estamos sentindo, nós sabemos as melhores soluções são através do diálogo”.
Ouça a entrevista na íntegra
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