O adolescente de 16 anos, suspeito de agredir o próprio filho de apenas oito foi conduzido neste domingo (4) à delegacia de Trindade, região metropolitana de Goiânia, juntamente com a mãe da criança, de 14, mas foram liberados logo em seguida.

De acordo com a delegada titular da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), Renata Vieira, o casal mora no fundo da residência da avó materna da vítima no Jardim Scala. O suspeito relatou em depoimento a delegada teria pegado a criança com força e por isso provocado as lesões.

“Ouvimos também a mãe e eles não confirmam a versão de agressão à criança. O pai fala que estava tomando banho, a criança começou a chorar e ele saiu do chuveiro ensaboado e teria pego a criança e acha que colocou muita força. Lógico que a polícia não acredita nessa versão, mas ele não pôde ser apreendido de imediato porque não houve uma situação de flagrante, e o fato teria acontecido numa quarta-feira. Apenas ontem (4) a PM teria tomado conhecimento”, relata.

Segundo relatos dos policiais que atenderam a denúncia, que pela conversa com o casal, perceberam que a mãe estaria tentando acobertar algum comportamento do companheiro. Os pais da criança serão ouvidos novamente e desta vez a avó materna será inclusa nos depoimentos.

De acordo com a delegada Renata Vieira, os resultados do laudo apontaram apenas lesões leves na região do pescoço e no braço. Com esse resultado, o pai da criança não poderá ser apreendido e, por isso, um novo laudo será solicitado para certificar o grau da lesão.

“Se fosse um adulto, ele estaria respondendo por uma infração de menor potencial ofensivo. E então um adolescente muito menos poderia ser apreendido pelo fato de lesão leve. Inclusive a psicóloga da nossa delegacia e relatou pra mim que as lesões que a criança apresentava aparentavam ter sido algo como se fosse queimadura, mas isso não consta no laudo médico”, afirma.

A delegada diz ainda que vai pedir novos exames da criança junto ao Instituto Médico Legal (IML) pois, segundo ela, as condições da criança não batem com os resultados do laudo atual. O Conselho Tutelar decidiu abrigar o bebê provisoriamente no abrigo Condomínio Beija flor, em Trindade.

Com informações da repórter Bruna Moreira