As férias dos jogadores do Atlético terminam no próximo dia 30. A partir do dia 1º, o elenco pode voltar aos treinos, no entanto a data específica não está marcada, pois o clube aguarda a divulgação de um protocolo de segurança da CBF com medidas de combate ao coronavírus. Em entrevista à Rádio Sagres 730, o presidente atleticano, Adson Batista, falou como estão organizando o retorno e ao mesmo tempo cobrou uma maior ajuda aos clubes.

“Estou aguardando os protocolos da CBF. Eles estão atrasados porque eu já queria estar com isso em mãos, apesar que não adianta criar situações. A CBF precisa apoiar os clubes, que estão em muita dificuldade, pois ela ganha muito dinheiro com futebol, é nossa referência e quem tem estrutura para amparar os clubes neste momento. Até agora tem mantido contato, mas financeiramente não fez nada. Acho que deve fazer, porque tem estrutura financeira pra isso. Atlético está esperando esses protocolos para tomar todos os cuidados”, disse Adson, que admitiu os riscos de voltar aos treinos nos próximos dias.

Elenco rubro-negro paralisou as atividades no dia 19 de março (Foto: Paulo Marcos/ACG)

“Evidente que a gente vai ter que arriscar alguma coisa, enfrentar essa pandemia. Os jogadores têm muita saúde, estão muito ansiosos para voltar aos treinos, querem voltar. Vou fazer isso em conjunto com os jogadores, que eles também tenham responsabilidade de voltar a atividade para salvar os empregos deles e o clube”.

Sobre a compra de testes do coronavírus, Adson Batista também aguarda uma ajuda da CBF, mas outras medidas já foram providenciadas para que os jogadores e outras pessoas do clube tenham segurança.

“Já compramos medidores de temperatura, que será feito todos os dias. Estamos esperando o protocolo da CBF pra ver se ela vai auxiliar com esses exames, que são caros, mas estamos buscando alternativas. Logicamente, se voltar, vamos fazer treinos fechados, sem a presença de ninguém para evitar aglomeração, contato com as pessoas para preservar todos. Importante os jogadores voltarem para que tenham sua condição física reestabelecida, pra mostrar pra CBF que a gente daqui a pouco possa voltar às competições. A gente sabe que vai ser com portões fechados. Que quando retornar os jogos, que ela possa arcar com os custos desses jogos, pois não temos receita, bilheteria de jogos importantes que iam acontecer, então a gente espera a sinalização”, destacou.

Política

Com relação a uma articulação política dos clubes, que querem que as regras do Profut sejam afrouxadas pelo Governo Federal, com pelo menos um prazo maior para pagar os tributos que foram renegociados, Adson confirmou que existe uma negociação, mas ainda sem nenhuma perspectiva concreta.

“O presidente do Bahia, que é membro do Conselho Nacional de Clubes, e tenho conversado com ele. Politicamente tenho falado com algumas pessoas. A CBF está tentando, mas até agora não teve nenhuma solução. No nosso caso, o Jovair (Arantes) já fez vários contatos políticos pedindo esse socorro para os clubes goianos e a gente espera solução para esse seguimento muito importante que é o futebol”, finalizou.

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