Quem esperava uma partida tranquila entre duas equipes que já estavam classificadas para a fase mata-mata do Campeonato Goiano acabou se surpreendendo com o clássico entre Goiás e Atlético-GO que se enfrentaram na noite da última quarta-feira (13) no Estádio Hailé Pinheiro na retomada do estadual de 2020 paralisada em março por conta da pandemia.

Em um jogo com poucas chances de gol, o 1 a 0 do time rubro-negro foi construído em meio a confusões envolvendo a equipe de arbitragem, principalmente o árbitro Jefferson Ferreira e o quarto árbitro, Jean Carlos Narciso. Tudo começou com a expulsão de Vanderlei, zagueiro esmeraldino, aos 8 minutos do primeiro tempo. Com o auxílio do quarto árbitro que viu uma agressão ao atacante Vitor Leque, Jefferson Ferreira mostrou o cartão vermelho para o jovem atleta e causou revolta nos profissionais do Goiás.

No intervalo o vice-presidente de futebol alviverde, Harlei Menezes, fez cobranças e até chegou a chutar uma lixeira que estava na área das tribunas. Quem também demonstrou revolta com o comportamento da arbitragem foi Osmar Lucindo, diretor das categorias de base do clube.

Após o jogo, o presidente Adson Batista avaliou o comportamento da diretoria do Goiás e criticou o ambiente que foi criado durante a partida pelo dois clubes e também pela arbitragem.

“Isso me preocupa porque não é nem o perfil deles (Goiás). No grito ninguém ganha, nem eu que as vezes eu grito também, falo alguma coisa. Mas temos que ter equilíbrio, hoje aqui foi tenso, achei o policiamento dentro do campo até um pouco frouxo porque tinha que estar aqui coibindo. Estava uma tensão, gritaria e desorganização para um jogo profissional. Com a televisão transmitindo fica feio para todo mundo, ficou parecendo jogo de várzea. Ficou uma partida muito violenta. Temos que ter a rivalidade sim, para o bem do futebol, mas de maneira leal”, frisou o presidente atleticano.

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O dirigente também avaliou negativamente o nível técnico da partida, que tinha o Goiás com seu time reserva e o Dragão com uma equipe mista.

“Foi um jogo muito ruim tecnicamente, parecia que eu estava assistindo um jogo de sub-20. Foi muita gritaria, desorganizado, correria demais e todo mundo viu a fragilidade do árbitro que foi muito pressionado no intervalo pelo pessoal do Goiás. Esse jogo não valia nada, vale a apenas a rivalidade que nós temos porque sempre que formos jogar contra o Goiás vamos entrar em campo para tentar ganhar o jogo, mas não pode virar essa gritaria”, analisou.

Por fim, Adson Batista reiterou que a postura da arbitragem foi fundamental para as confusões ao longo dos 90 minutos, mas ressaltou que o comportamento dos atletas também não colaborou para um confronto tranquilo.

“Ele se perdeu e mostra que é preciso ter mais personalidade, mais calma, equilíbrio e ser firme. Mas foi um jogo que ninguém ajudou, que todos nós temos que repensar nossas posturas no futebol profissional”, afirmou.

Veja na íntegra a entrevista de Adson Batista à Sagres: