(Foto: Victor Garcia/ACG)

A Confederação Brasileira de Futebol divulgou na última segunda-feira (6) um auxílio financeiro para as equipes de futebol feminino que disputam as Séries A1 e A2 do Campeonato Brasileiro e também para os clubes que estão classificados para as Séries C e D da competição nacional. No entanto os times da elite do Brasileirão também aguardam uma ajuda da entidade, como destaca o presidente do Atlético, Adson Batista.

“Pelo que a CBF arrecada porque representa o futebol, eu espero que se possa criar alguma coisa, algum mecanismo até de empréstimo sem juros para socorrer os clubes que perderam muito nessa paralisação. O futebol é o carro-chefe da CBF, então espero que ela possa enxergar dessa forma apesar de não ver nenhuma movimentação. Participei de uma videoconferência e não vi nada de relevante. A gente tem a expectativa de poder liberar junto com o Governo alguma medida de crédito, de impostos e do Profut, que são situações importantíssimas para esse momento que os clubes estão sem receita”, disse à Sagres 730.

No futebol feminino, o Dragão receberá R$ 50mil assim como rival Goiás; na Série D, Goiânia, Goianésia e CRAC ficarão com R$ 120mil; único representante do estado na terceira divisão, o Vila Nova Futebol Clube ganhará R$ 200mil. Por isso o dirigente rubro-negro entende que é justo um repasse também para as equipes da primeira divisão.

“Lógico (é justo), os clubes da Série A são os que mais gastam. Flamengo e Palmeiras têm menos dificuldade, mas acho que todos os outros clubes têm muitos problemas. Eu tenho conversado com os times e sentindo que as dificuldades são profundas. A CBF tem muito recurso, arrecada muito com o futebol, então a gente espera que possa haver uma sensibilidade”, explicou Adson.

A ajuda seria bem-vinda, já que o Dragão perdeu praticamente todos os seus patrocinadores desde a paralisação das atividades e não tem outra fonte de receita. Como não negociou nenhum atleta, o clube não tem dinheiro em caixa para os próximos meses a única alternativa segundo o presidente será a retomada das competições.

“Poupança onde? Nós não vendemos jogador e nem fizemos negociação, nós estamos é com déficit e com muita dificuldade. Nós não temos reserva e a única saída para o Atlético é retomar as atividades e esperamos que isso aconteça o mais rápido possível dentro das normativas do Ministério da Saúde. A CBF já deixou claro que não vai liberar nada quanto a isso, vai aguardar essas medidas para tomar alguma decisão”, revelou.

Quer saber mais sobre o coronavírus? Clique aqui e acompanhe todas as notícias, tire as suas dúvidas e confira como se proteger da doença