A história poderia ter sido outra e os três pontos poderiam estar sendo comemorados, mas faltou empurrar a bola pra dentro. Esse poder de decisão foi citado pelo diretor de futebol do Atlético, Adson Batista, após a derrota para a Portuguesa por 2 a 0, na tarde desse sábado. O dirigente mostrou preocupação com a proximidade da zona do rebaixamento e quer uma mudança de perfil da equipe, que ela seja mais fatal ao adversário.

“Antes eu já vinha conversando sobre a preocupação muito grande que é a instabilidade, porque nosso time precisa ser mais decisivo. Joga um primeiro tempo em que todo mundo aqui diz ‘que time de qualidade e tal’, mas não é decisivo. Nós temos chances de definir o jogo e não define, aí paga um preço altíssimo. Não avaliamos o quanto é complexo viver em uma zona do rebaixamento, o desgaste emocional, muita desconfiança, isso é ruim. Temos que mudar esse perfil”

O treinador garante que tem tentado de tudo que é possível para ajudar fora de campo e rechaça tirar o poder do vestiário das mãos do técnico Marcelo Martelotte. Analisando a atuação contra a Lusa, Adson acredita que faltou gana de vencer o jogo, o que afetou a competitividade. Entretanto, ressalta que o grupo tem muita qualidade.

“O mais difícil esses jogadores tem, que é a qualidade técnica. Se faz 1 a 0 na Portuguesa, esse time todinho estava desestabilizado com a torcida, eu vi a ansiedade de todos aqui no clube, mas não soubemos aproveitar isso. Futebol não é fácil, tem muita gente que acha que é simples, que jogador dá em todo lugar, e não é assim, é muito complexo, tem muita coisa que envolve. Faltou pra nós vontade de ganhar, empurrar a bola pra dentro, ser competitivo”