(Foto: Reprodução/ Juventus)

A família Agnelli fez da Juventus a maior equipe de futebol da Itália e uma das maiores do mundo. Os Agnelli controlam a JUVE desde 1923, quando Edoardo Agnelli, fundador da Fiat, tornou-se presidente da esquadra italiana. De lá para cá, mais 3 membros da família Agnelli ocuparam a presidência da Vecchia Signora: Gianni , Umberto e Andrea. Até agora os Agnelli estão no poder, de forma direta, há 34 anos e indiretamente há 95 anos.

Em 2010, o jovem Andrea Agnelli trocou a vida boa de iates, jatinhos e restaurantes da moda pelo desafio de tirar a Juventus do buraco. Em 2006 a equipe foi rebaixada para a 2ª divisão da Itália devido a um esquema de manipulação de resultados. Escândalo que ficou conhecido como “Calciopoli”. Mesmo tendo começado a segundona com 17 pontos a menos, a Juve retornou a elite como campeã. Um ano depois, iniciou a série histórica de 7 scudetti (títulos) consecutivos. Andrea Agnelli reconduziu a gigante esquadra italiana às glórias.

O playboy italiano sabe curtir a vida nas horas de folga, mas, durante a temporada do futebol, sua a camisa, negocia no mercado da bola. Além do envolvimento diário com os problemas do clube, Andrea tem como seu braço direito o diretor esportivo Giuseppe Marotta. “Beppe”, como é conhecido, é um dos melhores negociadores do futebol europeu. Ele ajudou a contratar reforços expressivos e bons técnicos. E assim, a Juventus reestabeleceu a sua grandeza na Europa.

No Goiás, a família Pinheiro está no poder, direta ou indiretamente, há mais de meio século. Tudo começou com o patriarca Edmundo Pinheiro. Mas o controle da família sobre o clube se materializou na pessoa de Hailé Pinheiro, que entre a presidência executiva e a do conselho soma mais de 50 anos.

Sob o domínio de Hailé o Goiás cresceu. Tornou-se o maior time do Estado e da região Centro-oeste. Virou referência nacional e internacional. E agora? O “Império Esmeraldino” está ameaçado? Pode ruir?
Qual é a diferença da dinastia dos Agnelli para a dos Pinheiro? Na Itália, dentro da própria família Agnelli houve alternância no poder. Num período de 34 anos, 4 membros diferentes da família ocuparam a presidência da Juventus. No Goiás, Hailé foi o único presidente.

Embora durante estes 50 anos tenha recebido ajuda importante do clã. O irmão, Edmo Edmundo Pinheiro, ocupou vários cargos no clube ao longo da vida. Mostrou-se habilidoso, principalmente para debelar crises. O Sobrinho, Edmo Pinheiro Filho, que também exerceu vários cargos, notabilizou-se pela capacidade de negociar atletas com outras agremiações. O filho, Paulo Rogério Pinheiro, desempenhou com sucesso missões nos esportes amadores e olímpicos do clube, mas em momento algum, demonstrou vontade de suceder o pai.

Além de não encontrar um sucessor dentro da família, Hailé que controla o Conselho Deliberativo há anos, não conseguiu formar ou contratar um executivo de futebol que fizesse carreira no clube. Nas últimas eleições, não houve disputa no Goiás. Os nomes ungidos por Hailé, são pessoas do bem que fizeram e fazem muito pelo administrativo, financeiro e marketing do clube, mas que não se deram bem no futebol.
Hailé, a história vai cobrar: Faltou ao Goiás um grande executivo de futebol!