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O alcoolismo é uma doença e precisa ser tratado como tal. É o que destaca o psiquiatra Airton Ferreira dos Santos. Ele lembra que essa é a definição correta do problema, sendo que o doente, muitas vezes, acaba enfrentando um desafio ainda maior: o preconceito. “A primeira coisa que é preciso colocar para as famílias é que é uma doença, assim como a pressão alta, o diabetes”, exemplifica.
“Quando se coloca isso, já tira o estigma de vagabundo. A pessoa tem uma doença cerebral complexa, que exige um tratamento com medicação e com terapia”, complementa o psiquiatra, que foi o convidado desta quarta-feira do programa Clube da Felicidade, apresentado por Kadmous Alassal, na Rádio 730.
Ouça o programa completo: {mp3}stories/audio/2012/dezembro/PROGRAMA_COMPLETO_02_01{/mp3}
A alcoolista – termo correto para definir o doente de alcoolismo, segundo o médico – geralmente se enquadra em um comportamento padrão. Uma das características da dependência é a compulsão pelo uso.
Outra é a abstinência. “A medicação ajuda a tratar essa fissura, esse desejo incontrolável”, explica o médico, que define a patologia como um problema complexo. Por isso mesmo, a solução para o avanço do alcoolismo também é um desafio.
“Envolve várias questões a serem pensadas. Umas delas é justamente a substituição de hábitos, ou seja, a promoção de um estilo de vida mais saudável, como a prática de esportes e o incentivo a outras formas de se divertir. Essa é uma estratégia, principalmente focada na prevenção”, lista. “Também envolve uma ação ampla, como, por exemplo, na propaganda, como aconteceu com o cigarro”, emenda.
A média de idade do início do uso do álcool é de 12 anos, segundo o psiquiatra.