(Foto: Rubens Salomão)

Em entrevista à Sagres 730, o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Goiás, Adriano de Rocha Lima, afirmou que além da EDP, que o presidente Miguel Setas conversou com o governador Ronaldo Caiado, mais duas outras empresas manifestaram interesse na distribuição de energia do Estado. A revelação é feita após reunião do governador com o Diretor Global de Infraestrutura e Redes da Enel, Lívio Gallo, ontem (14), no Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Na ocasião, Caiado sugeriu para Lívio Gallo, uma “saída honrosa” para a companhia, através da troca de ativos com outra distribuidora de energia.

Vale ressaltar que este processo depende inteiramente do interesse da Enel Distribuição, que estaria, no caso, vendendo a distribuição de energia de Goiás, para outra empresa. Porém, segundo o secretário, a fornecedora ainda não deu uma resposta, pois foi surpreendida com a proposta do governador.

Em relação à nota da Enel, divulgada na terça-feira (14), alegando que a empresa havia cumprido com as metas acordadas com o governo, Adriano respondeu que, na verdade, a companhia não concluiu o que foi proposto e que houve uma aparente diminuição das reclamações no período da seca e que isso é natural. “Quando chegou no mês de outubro, onde as chuvas voltaram e onde prevalece aquele acordo que foi feito em fevereiro, que é um acordo de melhoria da qualidade, a gente viu que nada das ações que a Enel tinha feito durante o período de seca, surtiram efeito”, declara.

O secretário continua e critica o discurso da empresa que, segundo ele, frequentemente cita o estado do fornecimento de energia no Estado antes da entrada da empresa, tentando justificar a atual situação. Porém, para Adriano, o quadro, agora com a Enel, que está desde de 2017, deveria ser de melhora, mas, na verdade, há uma piora quado se compara uma janela de um ano.

Para o secretário, a empresa italiana já recebeu muitas chances e, por isso, é evidente que a empresa não consegue lidar com a rede elétrica em Goiás. A única solução, para ele, é o fim do contrato com a Enel Distribuição e a maneira mais breve e com menos impedimentos jurídicos é a troca de ativos.

Adriano de Rocha Lima fez questão de afirmar que o governador não escolheu nenhuma companhia para o Estado e sim que uma empresa, que atua no mercado brasileiro e também fora do País, demonstrou interesse em operar em Goiás. “Não precisa ser a EDP, pode ser qualquer outra distribuidora que tenha interesse no Estado de Goiás”, afirma.

O Governo de Goiás aponta estado de calamidade quanto à situação com a Enel Distribuição. “Os serviços não estão atendendo a população, as empresas não estão conseguindo operar em Goiás, cidades estão ficando uma semana sem energia […] o governo não pode observar isso passivamente”, conclui.

Ouça a entrevista completa:

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