A conclusão não vem de analistas externos, mas de liderança próxima ao presidente Jair Bolsonaro. O ex-líder do governo federal na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo (PSL/GO), admite que, diante da iminente troca de comando no Ministério das Relações Exteriores, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) deverá decidir os rumos do governo em sua metade final de mandato.
As alternativas ficam entre a opção adotada desde o início da administração, com nomes ideológicos como Damares Alves, Ricardo Salles, Abraham Weintraub e o próprio atual chanceler, Ernesto Araújo, ou a aceitação de indicações com maior trânsito político, principalmente com o Centrão.
Para o líder do PSL, “agora presidente vai ter que sopesar qual vai ser o maior foco nesse momento: se é uma questão ideológica, para manter a conexão com suas bases e a formulação doutrinária do governo, ou se adota uma postura mais pragmática, voltada para o combate à pandemia”.
Vitor Hugo aponta que a mudança de postura, com destaque para as Relações Exteriores, poderá ainda ter peso no processo de “composição”, tanto com o Congresso Nacional, quanto com “setores que têm algum incômodo com essa parte”, em referência a empresários e economistas que criticam a falta de diálogo internacional do Brasil com grandes mercados, como China e Estados Unidos.
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Convencimento
O governador Ronaldo Caiado (DEM) atuou para evitar que a prefeitura de Goiânia divulgasse, já nesta sexta-feira (26), decreto com reabertura de atividades econômicas para a partir da próxima semana. Com argumentos epidemiológicos, a intenção é que as regras na capital sejam minimamente alinhadas com decreto estadual.
Excluídos
A Associação Goiana dos Municípios (AGM) manifestou insatisfação com a falta representantes das cidades, por meio da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), no Comitê de Enfrentamento à Covid-19. O grupo foi criado nesta semana depois de reunião do presidente Jair Bolsonaro com poderes, governadores e ministros.
Como fica?
“Todo mundo sabe que a população mora é no município. É lá que estão concentrados os problemas. Sabe também da pressão que os prefeitos estão sofrendo para que seja acelerado o processo de vacinação. Muitos municípios tentaram, e não conseguiram, a aquisição de vacinas. É inadmissível que sejamos excluídos dessa discussão”, criticou o ainda presidente da AGM, Paulo Sérgio de Rezende, ex-prefeito de Hidrolândia.
Proposta
O deputado estadual Lucas Calil (PSD) apresentou projeto para prorrogar o vencimento das parcelas de IPVA de 2021, enquanto durar a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O texto ainda não começou a tramitar, enquanto sessões seguem suspensas na Assembleia Legislativa.
Detalhes
Pelo projeto, “os contribuintes que não conseguirem arcar com o pagamento do tributo em razão de dificuldades financeiras, devidamente comprovadas, decorrentes da pandemia de Covid-19 terão direito ao parcelamento em até 12 vezes, sem a incidência de juros e multa”. A proposta prevê que a parcela deveria ter valor mínimo de R$ 50.
Pelos ares
O leilão para privatização do aeroporto de Goiânia, marcado para o dia 7 de abril, foi suspenso por determinação da Justiça Federal de Santa Catarina. É que o processo inclui a concessão de 22 aeroportos no país e foi travado por exigência de uma associação local de Itajaí. Os locais pedes a inclusão no contrato de construção obrigatória de uma nova pista no aeroporto de Navegantes (SC).
Melou geral
Apesar de ser ação restrita a um aeroporto, o processo na Justiça trava a sexta rodada de concessões aeroportuárias do governo federal, que pretende leiloar três grupos regionais: o Bloco Sul, com os aeroportos de Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Londrina (PR), Navegantes (SC), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS); o Bloco Norte, cujo principal ativo é o aeroporto de Manaus (AM); e o lote Central, que inclui aeroportos em Goiânia (GO), São Luís (MA) e Teresina (PI).