O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) fez mais um movimento esta semana para consolidar seu grupo político: entregou a Secretaria de Educação, de portas fechadas, a um grupo de seis vereadores. A relação com a Câmara é o tema do primeiro bloco deste episódio. O segundo tema é a tentativa do Centrão, com apoio de governadores, de fazer uma intervenção no governo de Jair Bolsonaro.

O vereador Ronilson Reis (Podemos) abriu a sessão da Câmara de Goiânia nesta terça-feira (23) com cobranças ao prefeito Rogério Cruz pela participação do presidente do Republicanos no Distrito Federal, Wanderley Tavares da Silva, na articulação política em Goiânia. Wanderley já foi condenado a 21 anos de prisão pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro, por participação em esquema de corrupção apurada na Operação Mãos à Obra.

Na sequência, o presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota) confirmou a instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI), para investigar os contratos de recapeamento de mais de 630 quilômetros de asfalto em Goiânia, assinados ainda na gestão de Iris Rezende. O pedido recebeu assinatura de 16 vereadores do bloco que votou contra a eleição da mesa diretora da casa. Foi depois desse movimento, que o prefeito concedeu a Secretaria da Educação ao grupo de 6 dos 16 vereadores.

Os parlamentares do Centrão iniciaram nesta semana uma tentativa de interdição do presidente Jair Bolsonaro, ao menos em relação ao combate da pandemia do novo coronavírus. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (26) o governador Ronaldo Caiado cobrou mudanças do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo por suas dificuldades em negociar vacinas com países como Índia, China e Estados Unidos. À Rádio Sagres, o líder do PSL na Câmara dos Deputados, major Vítor Hugo, admitiu que o presidente terá de “sopesar” a postura ideológica de seu governo, representada pelo ministro, e uma postura mais “pragmática” para combater a pandemia.

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