O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), principal indicador para o reajuste do valor do aluguel, fechou 2020 em 23,14%, maior alta desde 2002. A renegociação que começou no início da pandemia deve permanecer este ano, uma vez que beneficia os dois lados. A administradora de empresas, Priscilla Leão, deu dicas de como chegar a um acordo durante entrevista ao Sagres em Tom Maior.

Pra se ter uma ideia, um contrato de aluguel no valor de R$ 1 mil, com o reajuste pelo IGP-M, passaria para R$ 1.231,14. O índice é bem acima do IPCA, índice oficial de inflação medido pelo IBGE, que ficou em 4,31% no acumulado de 12 meses até novembro. Um dos fatores que explicam essa grande diferença é alta do dólar e dos preços dos produtos do agronegócio, como carne e soja.

Por isso, segundo Priscilla, vale a dica da negociação. “No ano passado, nós fizemos mais de 1.200 renegociações por causa da pandemia que provocou a diminuição de renda. E chegamos ao final do ano e tivemos que retomar essas negociações. (…) 90% dos proprietários entenderam que era necessário buscar um reajuste que ficasse bom para os dois lados, até porque o proprietário precisa daquela renda”.

Priscilla, que atua no mercado imobiliário desde 2008, ressaltou que a maior parte dos contratos de aluguel atualmente segue o IGP-M, mas é uma prática de mercado. “Não é porque está em contrato que é obrigatório. As partes podem negociar e definir por outro índice, como o IPCA, por exemplo. E pensando em contratos novos, o inquilino pode até manifestar por essa opção”.

Confira a entrevista completa: