Com várias discussões sobre a volta às aulas presenciais de maneira segura, o Serviço Social da Indústria (Sesi) propôs um campeonato, para que os próprios alunos desenvolvessem uma solução. Estudantes do Sesi Planalto Goiás, da equipe de robótica, pensaram no Silicone Líquido Antiproliferativo (SLA), uma substância que protege superfícies, matando o vírus e evitando contaminações. O projeto rendeu a segunda colocação no Torneio Sesi de Robótica – Desafio Relâmpago – Volta às Aulas.

Participante da equipe, Lorrany Cirqueira, 16, contou que o problema identificado por eles era a provável contaminação através das superfícies, como a mesa, maçaneta ou o bebedouro. A aluna explica que o SLA pode ser passado em qualquer superfície, seja ela de plástico, metal ou tecido, protegendo o local por até 19 horas, um dia escolar.

Hanrry Patrick Viana, 18, ex-aluno, convocado para ser o líder do projeto, detalhou que o silicone tem um aditivo, o zinco, que evita que os vírus usem as proteínas. Isso faz com que o vírus morra e não reproduza, evitando a proliferação no local. O aluno, inclusive, recomenda o uso da substância em qualquer local, substituindo o álcool em gel, que é inflamável e evapora mais rápido, protegendo por menos tempo as superfícies.

Uma das preocupações dos estudantes era sobre efeitos tóxicos que produtos utilizados poderiam ter e, por isso, pensaram no SLA, que não causa mal ao ser humano, mesmo se for, acidentalmente, ingerido. Ela esclarece que o produto não é caro e que, segundo pesquisas, 3,5 litros custam, em média, R$ 29,99. Com o rendimento da substância, as escolas teriam menos custos do que comprando álcool em gel.

Lorrany acredita que, em um momento melhor, tomando todos os cuidados, usando a máscara, higienizando os ambientes é possível voltar para a escola. “bastante saudade de estar novamente no ambiente escolar. Algo totalmente diferente de você estar em casa de frente para o computador”.

Hanrry ainda destaca que o torneio mostrou que todos podem pensar em soluções para que as aulas voltem de maneira segura. “São alunos fazendo projetos para a volta às aulas. Então, nós estamos fazendo por nós mesmos, pelo nosso futuro”.