A concentração de renda aumentou em Goiás pelo terceiro ano consecutivo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores, 1% da população no estado obteve R$ 1,5 bilhão, enquanto 30% auferiram R$ 1,3 bilhão em 2023.

Na análise da distribuição da massa de rendimento mensal real domiciliar per capita no estado, observou-se que 1% da população com os maiores rendimentos deteve 10,5% da massa de rendimentos do estado contra 9% dos 30% com os menores rendimentos.

Já a parcela do décimo populacional com os menores rendimentos detinha 1,8% da massa, em face de 38,2% dos 10% da população com os maiores rendimentos, em 2023.

A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita goiana totalizou R$ 14,6 bilhões em 2023, 21,4% maior do que o estimado para 2022, cujo valor foi de R$ 12,0 bilhões, atingindo no último ano o maior valor da série histórica da PNAD Contínua.

Índice de Gini

O índice de Gini é uma medida de concentração de distribuição de renda e seu valor varia de zero (perfeita igualdade) até um (desigualdade máxima).

O índice de Gini do rendimento médio mensal real habitualmente recebido em todos os trabalhos foi de 0,454 no estado de Goiás em 2023, acima do estimado em 2022 (0,434).

Assim, Goiás alcança o terceiro ano consecutivo de alta no índice, após três quedas também consecutivas (2018 a 2020). O valor registrado em 2023 é o segundo maior da série, perdendo apenas para o ano de 2012 (0,457).

Apesar disso, o índice goiano ficou abaixo da média nacional (0,494), sendo o oitavo menor do país, caindo quatro posições na comparação com o ranking de 2022, momento em que possuía o quarto menor índice do Brasil.

Já o índice de Gini do rendimento domiciliar per capita, que havia caído em 2022, voltou a crescer em 2023 (0,473). Nesse indicador, Goiás também se mantém abaixo da média Brasil (0,518); contudo, alcançando o sexto menor valor do país.

Bolsa Família

Em 2023, o percentual de domicílios em Goiás com algum beneficiário do Programa Bolsa Família era 12,9%, 1,8 ponto percentual superior ao de 2022 (11,1%) e apenas 0,1 ponto percentual abaixo do recorde da série histórica (2012 – 13,0%).

Apesar do avanço em relação a 2022, o percentual mais recente de Goiás era o sétimo menor do país, ficando atrás apenas dos estados da região Sul, São Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 10 – Redução das desigualdades.

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