Afastado da presidência da CBF – Confederação Brasileira de Futebol – desde o último dia 6 de junho, sob a acusação de assédio moral e sexual contra uma funcionária, Rogério Caboclo aguarda o fim das investigações do comitê de ética da entidade para preparar sua defesa.

Na expectativa pelo fim do processo, o presidente da FGF – Federação Goiana de Futebol – André Luiz Pitta, que também é diretor de desenvolvimento e projetos da CBF, conversou sobre o caso Rogério Caboclo com o repórter Paulo Massad, da Sagres 730. Ele considera “muito delicada” a situação do dirigente.

“Momento difícil. Está com esse processo no comitê de ética e deve se defender nos próximos dias e partir disso o comitê deve tomar uma decisão, que posteriormente será colocada em pauta em uma assembleia geral. A denúncia é muito grave, mas temos de aguardar a conclusão do processo”, disse Pitta que não acredita na volta do dirigente.

“Acho pouco provável. A opinião pública cobra muito, acho que essa denúncia de assédio é muito grave e inaceitável, como também agressão às mulheres, acho que as mulheres devem ter todos os seus direitos preservados, sou muito a favor disso”.

Além da denúncia grave de assédio, o desgaste causado à CBF foi destacado por André Luiz Pitta, como um outro motivo para a saída de Caboclo da entidade. “Infelizmente, mesmo que amanhã se comprove algo de inocência dele, o desgaste causado na instituição CBF foi muito grande. Até a condição dele permanecer e fazer uma boa gestão, ficou bastante comprometida. Vários patrocinadores já ensaiaram deixar a CBF, eles são importantes, pois custeiam várias competições de base, femininas e Série D. A situação é grave e com seriedade devem ser tomadas as decisões para o fomento do futebol brasileiro”, finalizou.