Foi realizada nesta quinta-feira (24), na Comissão de Constituição e justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), a análise da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos. O deputado estadual Talles Barreto (PSDB) se manifestou favorável à proposta, mas confessou em entrevista que esse posicionamento não foi discutido com a sigla.
Leia também: Distância de Goiás não deve atrapalhar Henrique Meirelles com o eleitor goiano, avalia Vanderlan
“Esse assunto não foi colocado em pauta pelo partido nas últimas reuniões. Na realidade, já estou no partido há um tempo e nunca teve uma pauta dentro da executiva que discutisse isso conosco, em relação à Alego. E eu também tenho minhas características, eu vou pela minha convicção. Sempre fui muito direto em relação a isso, tento manter minha coerência”.
Ouça a entrevista completa:
O deputado contou que, caso o governo fosse do PSDB, provavelmente, também haveria necessidade dessa mesma proposta. “Eu não tenho dúvida da importância do teto de gastos, independentemente se vai entrar ou não no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Nós votamos em 2017, no nosso governo”.
Talles procurou deixar claro que a manifestação favorável ao teto não significa que esteja se aproximando do governo de Ronaldo Caiado. “Por exemplo, estou constantemente com uma nova pessoa que pode disputar o governo, o próprio Gustavo Mendanha. Agora, se o PSDB entender que não estou digno de estar no partido, vamos discutir”.
Para mostrar que não se aproximou do Governo, o deputado citou a entrada do Estado no RRF, que ele se posiciona de maneira contrária. “A gente vê claramente o esforço do Estado para organizar suas finanças, mas não está essa terra arrasada que eles falam”.
Sobre o PSDB, Talles Barreto fez a ressalva que só pensa em deixar o partido após conversar com o ex-governador de Goiás Marconi Perillo. “Eu tenho o PSDB como minha casa”.
