O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou que partidos lancem, de forma isolada, candidaturas próprias ao Senado, mesmo fazendo parte de coligação em torno de candidato conjunto ao governo estadual.

Em entrevista à Sagres, o cientista político Frank Tavares disse que não esperava essa decisão por parte da Corte, que espera a criação de “animosidades” dentro das coligações e que essa situação pode acontecer em Goiás.

“Tenho de admitir que fiquei surpreso, achei a decisão do TSE um tanto quanto incoerente, se comparada a outras jurisprudências. A partir daqui, o que pode acontecer durante a campanha são problemas de coordenação e criação de animosidades, com candidatos reclamando que estão sendo preteridos pelo candidato ao governo. Acredito que essa situação será a tendência dentro da campanha de reeleição do atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado”, analisa o especialista.

Frank Tavares ainda analisou o plano de governo apresentado pelo ex-presidente e pré-candidato Luis Inácio Lula da Silva. Segundo o cientista político, as alterações apresentadas são reflexos da composição do PT com outros partido e uma tentativa de aceno de Lula a outros públicos que o ex-presidente pretende alcançar.

“É um documento mais amplo, mas que não deixa de tratar de alguns temas negando outros. Eles agora serão abordados com outro viés, definidos por conceitos e princípios que vão nortear o futuro plano de governo. Então, acredito que todas as pautas que foram projetadas são reflexos das coligações com os outros partidos que compõem a chapa, o que é muito comum”, afirma o cientista político.

Confira a entrevista completa:

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