Nesta quinta-feira, 28 de novembro, às 15h, o Pauta 2 da Sagres TV traz uma análise aprofundada sobre os desdobramentos da COP 29, realizada no Azerbaijão. O programa destaca o papel do financiamento climático, a influência de lobistas nas negociações e os desafios que o Brasil enfrentará ao sediar a COP 30 em 2025. Especialistas avaliam como o país pode liderar debates mais ambiciosos e propor soluções efetivas para a crise climática global.
Assista ao programa
Acordo de financiamento climático gera críticas
Juliana Baladelli Ribeiro, gerente de projetos da Fundação Grupo Boticário, participa por Zoom para comentar o acordo de financiamento climático aprovado na COP 29. O fundo, que busca apoiar países em situação de vulnerabilidade, gerou uma onda de críticas por não estabelecer metas claras e depender, em grande parte, de empréstimos internacionais. Juliana discute os impactos dessa decisão para as economias emergentes e os caminhos para garantir que esses recursos cheguem efetivamente às nações que mais precisam.
Além disso, a especialista analisa como o Brasil pode se preparar para assumir um papel de liderança durante a COP 30, em um contexto de grandes expectativas internacionais. O país terá a oportunidade de promover uma agenda climática que vá além do financiamento e inclua compromissos mais sólidos em áreas como transição energética e proteção da biodiversidade.
Desafios das COPs e a influência de lobistas
Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (PROAM), participa ao vivo para discutir o futuro das conferências do clima e os desafios enfrentados nas últimas edições. Bocuhy destaca como a influência de lobistas de setores poluentes tem comprometido a eficácia das negociações climáticas e avalia quais reformas estruturais são necessárias para que as COPs voltem a ser espaços de decisões realmente transformadoras.
Durante a conversa, Bocuhy também aponta que, apesar dos avanços pontuais, as COPs têm se distanciado das metas do Acordo de Paris, com poucos resultados práticos. Para ele, o Brasil, ao sediar a próxima edição, tem a chance de liderar um processo mais transparente, com maior participação da sociedade civil e menos interferência de interesses econômicos que desvirtuam a agenda ambiental global.
Experiência local e soluções para o Rio Meia Ponte
No terceiro bloco, a vereadora de Goiânia, Kátia Maria, compartilha sua experiência na COP 29, onde apresentou o projeto de recuperação do Rio Meia Ponte. A iniciativa, que reúne esforços para analisar as condições do manancial, já resultou na retirada de 253 toneladas de lixo, no plantio de 1.800 mudas de plantas nativas do Cerrado e na distribuição de 850 jogos educativos para conscientização ambiental.
Kátia destaca como projetos locais, como a Expedição Rio Meia Ponte, podem servir de exemplo para políticas públicas voltadas à preservação ambiental em escala global. A vereadora também discute os desafios enfrentados na implementação de ações de recuperação ambiental e a importância da colaboração entre governos, sociedade civil e o setor privado para garantir a proteção dos recursos hídricos e da biodiversidade.
Não perca o Pauta 2 desta quinta-feira, 28 de novembro, às 15h, ao vivo, com reprise às 20h, na Sagres TV.
Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima.