O Tribunal de Contas do Estado aprovou o Balanço Geral de 2020, segundo ano do governo Ronaldo Caiado. Em entrevista à Sagres, a secretária de Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, destacou que a aprovação sem ressalvas foi “muito positiva”, mas que Goiás ainda precisa melhorar.
“Temos que continuar trabalhando, O TCE fez apontamentos de maneira muito apropriada, mas estamos melhorando significativamente. Desde que a gente pegou essa gestão, tem conseguido cumprir com as vinculações de saúde e educação um pouco acima do percentual e no nível do pagamento. Precisamos melhorar, mas estamos no caminho”.
Ouça a entrevista completa:
Dentre as dívidas que entraram no balanço como não pagas, R$ 3,7 bilhões são com a união, além de R$ 1,1 de outras despesas. Cristiane explica, porém, que com a entrada no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o montante devido à União sairá dos restos a pagar e entrará como dívida consolidada.
“Como agora vai ter a renegociação das dívidas pretéritas, para 30 anos pela frente, ela vai ser diluída […] Então no próximo ano, esse montante enorme [R$ 3,7 bi] vai ser incorporada a dívida consolidada, sai do restos a pagar, que vai ser substancialmente menor”.
Leia também: Daniel Vilela garante que reeleição no diretório do MDB não define rumos para 2022
Além da renegociação, a secretária detalhou que o Estado não estaria conseguindo pagar sanear as contas se não houvesse a suspensão da dívida, principalmente, em função das dívidas deixadas pelo último governo. “A gente já pagou muita coisa de restos a pagar de Saúde, por exemplo, que tinha uma bagatela de aproximadamente R$ 800 milhões”.
Sobre a entrada do Estado no RRF, Cristiane Schmidt declarou que Goiás fez o “dever de casa” e agora aguarda o Ministério da Economia. “Tudo está dentro do prazo, dentro da decisão com Gilmar Mendes”.