Sagres em OFF
Rubens Salomão

Daniel Vilela garante que reeleição no diretório do MDB não define rumos para 2022

O presidente regional do MDB e líder de chapa única na disputa pelo comando do partido, Daniel Vilela, nega que sua recondução ao cargo, a ser confirmada em votação entre filiados nesta sexta-feira (18), represente qualquer antecipação sobre as escolhas do partido para a disputa da eleição estadual de 2022. O ex-deputado federal busca tranquilizar colegas partidários de ambos lados: tanto quem defende a composição com o DEM, do governador Ronaldo Caiado, quanto os que buscam confirmar candidatura própria na oposição, com Daniel ou o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha.

Ouça a coluna Sagres em OFF:

As especulações sobre acordo tácito entre Daniel e o Palácio das Esmeraldas ganhou força entre emedebistas nas últimas semanas, desde o registro da chapa encabeçada por Daniel, que conta com o nome de Iris Rezende. O ex-prefeito de Goiânia é, sabidamente, defensor do apoio à reeleição de Caiado. A eleição para o diretório será realizada de forma híbrida, com votos presenciais e pela internet, por celular ou e-mail. Sobre 2022, Daniel garante que vai ouvir os diretórios municipais e lideranças do partido para definição de caminho apenas no ano que vem. Por enquanto, o foco seria na composição de chapas fortes para disputas a deputado estadual e federal.

“É precipitado dizer que o processo dessa eleição interna seja uma decisão já vinculada com os destinos do partido em 2022. Nossa chapa tem uma representatividade muito grande, com a presença de todos. Dentro dessa representatividade, tem divergências de pensamento sobre 2022. O que nós vamos fazer após essa eleição é intensificar essa discussão”, afirma à Coluna. “É o start do processo para a próxima eleição”.

O deputado estadual Paulo Cezar Martins ainda busca na Justiça o registro de chapa, que foi indeferida por descumprimento ao estatuto do MDB. PC defende candidatura própria ao governo estadual no próximo ano. A votação para o diretório ocorre a partir das 13h e vai até 17h.

caiadodanieleiris
Foto: Daniel, Caiado e Iris Rezende em evento público, antes da pandemia. (Créito: Jackson Rodrigues)

Composição

Além de Daniel Vilela e Iris Rezende, Fazem parte da chapa única a ex-deputada federal Iris de Araújo, o ex-senador Mauro Miranda e o ex-deputado federal Pedro Chaves. Os líderes são denominados “integrantes natos”, pela chapa.

Pelas bases

Depois de visitar o entorno do Distrito Federal na semana anterior, o governador Ronaldo Caiado (DEM) realizou agenda de governo nesta semana com foco no norte goiano, com agenda centralizada em Porangatu. O democrata se reunião com cerca de 20 prefeitos da região.

Mais ainda

Neste sábado (19), Caiado tem agenda prevista com prefeitos da região central do estado, em evento organizado pelo deputado estadual governista Rubens Marques (PROS).

Reação

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) criticou ontem operação policial que cumpriu mandados contra José Eliton (PSDB) e outros investigados em ação que apura desvio de dinheiro da antiga Agetop (hoje Agência Goiana de Infraestrutura – Goinfra). “É absolutamente injusta e despropositada. José Eliton é um homem probo e decente, um bom administrador sempre preocupado com o erário”, escreveu o tucano no twitter.

Apuração

A Polícia Civil cumpriu deflagrou na terça-feira (15) a Operação Terra Fraca, com cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão em endereços de sete pessoas físicas e outras sete empresas. Investigação da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR) apontam superfaturamento e formação de organização criminosa na obra de pavimentação da GO-230, que teria provocado prejuízo de R$ 46 milhões

Pelo jurídico

Em entrevista à Sagres, José Eliton preferiu se restringir à defesa técnica no processo. Afirma que não há qualquer citação a seu nome no inquérito ou justificativa para o cumprimento de mandado de busca e apreensão. O ex-governador, no entanto, afirma que ainda “não há elementos” para acusar motivação política na operação.

Novo discurso

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (17) que não existiu uma “caixa-preta no BNDES” (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O termo foi usado por ele repetidas vezes antes e depois da eleição de 2018 para fazer acusações de irregularidades na instituição durante os governos do PT.

Nunca houve

“Não é caixa-preta aquela lá, tudo foi aprovado por alteração de Medidas Provisórias. Não foi caixa-preta na verdade, tá aberto aquilo lá. Eu também pensava que era caixa-preta. Está aberto no site do BNDES, os empréstimos todos para os outros países aí”, disse Bolsonaro, ao ser questionado na saída do Palácio da Alvorada por um apoiador.

Mais lidas:

Leia também: