Um momento foi emblemático na partida em que o Goiás perdeu para o Peñarol por 3 a 2 pela Copa Sul-Americana. Após o primeiro gol esmeraldino, marcado por Rafael Moura, todos os jogadores foram abraçar o técnico Jorginho na comemoração. O fato demonstrou a união do grupo esmeraldino, e a confiança entre atletas e comissão técnica, o que foi ressaltado pelo comandante alviverde.
“O grupo está feliz com o trabalho, está satisfeito com o que está acontecendo, eles confiam na gente. Há credibilidade por parte deles com a comissão técnica. Eu fiquei muito feliz, a gente fica surpreso, de repente eles virem te abraçar, eles sabem que o treinador depende de resultado, e não sei o que de repente poderia ter acontecido depois de um resultado ruim aqui”, disse Jorginho, em entrevista ao repórter da RÁDIO 730, André Rodrigues, após a partida.
Ele reforçou que a classificação foi importante inclusive para a sequência do Campeonato Brasileiro. “A classificação aqui naturalmente traz uma motivação maior, uma alegria maior para o grupo, não é fácil vencer aqui em Montevidéu. É uma pressão muito grande, a torcida apoiando o tempo todo, mesmo após o jogo eles continuaram gritando”, analisou o treinador.
O otimismo é realmente grande. Segundo Jorginho, o Goiás está na briga pelo título. “Acredito sinceramente que a gente dá pra ir mais longe, e acredito sim, que se a gente estiver firme, estiver ligado, a gente pode chegar a ser campeão”, assegurou. Ele aproveitou para reforçar novamente o pedido para que o torcedor apóie o time. “Eles (torcedores) precisam entender esse momento que a gente precisa de apoio total”, alertou.
“A gente tem que jogar como macho“
Após ter levado a virada no final do primeiro tempo, os jogadores foram cobrados pelo treinador pela displicência nos lances que originaram os gols uruguaios. “Tem momentos que você tem que chegar junto, porque é jogo de muita raça, não dá pra jogar esse jogo com a gente achando que vai dar um toquinho e que a gente vai conseguir escapar. Não tem jeito, os caras vão chegar junto, vão bater”, afirmou o técnico.
Segundo ele, a postura na Copa Sul-Americana deve ser diferente. “Se quisermos continuar nessa competição, a gente tem que jogar como macho mesmo, porque senão não tem jeito”, declarou. Sobre a expulsão de Éverton Santos, depois de 11 minutos em que o jogador estava em campo, Jorginho acredita que foi um erro do árbitro.
“Ele nem viu. Quando ele virou o corpo ele já estava levantando a perna. Então ele não merecia ser expulso, mesmo porque os zagueiros estavam rindo, e não aconteceu absolutamente nada, mas é bem típico do Amarilla, que faz assim contra a seleção brasileira, times do Brasil, a gente sempre tem dificuldade”, disse.