Derrotado pelo Atlético Goianiense por 3 a 2 na primeira semifinal do Goianão no último sábado (21), no estádio Antônio Accioly, o Vila Nova precisa de uma virada nesta terça-feira (22) no jogo da volta, no Onésio Brasileiro Alvarenga, para chegar à final. O gol marcado por Matheuzinho no último lance serve de esperança para os colorados sonharem.
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Em entrevista especial à Sagres no palco da decisão desta noite, ao lado do repórter Paulo Massad e do comentarista Carlos Eduardo Tim, o ex-lateral e meia Cacá destacou que “será um jogão de bola. Atlético e Vila têm tudo para mostrar para o público e para a torcida que esse jogo ficará na história”.
Jogador marcante do futebol goiano nos anos 1990 e 2000, Cacá foi revelado pelo Vila Nova em 1993, da mesma geração de Tim, bicampeão goiano e campeão da Série C em sua primeira passagem no clube, antes de se transferir para o rival Goiás em 1999. No seu currículo, também uma experiência no Atlético, entre 2005 e 2006.
De volta ao OBA, o ex-jogador, hoje com 48 anos, não escondeu a preferência pelo Vila Nova. “Fui criado no Vila, cheguei aqui com 14 anos. Com o meu amigo e irmão Tim, jogamos todas as categorias juntos e fomos campeões em todas pelo Vila, então são muitas histórias que temos aqui, e estaremos na torcida pelo Vila”, revelou.
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Cacá ressaltou que “tenho a felicidade de ter boas recordações contra o Atlético. A minha estreia foi no Serra Dourada, um Vila Nova x Atlético, e ganhamos de 3 a 1. Foi um jogo que ficou marcado, porque a partir dali tive uma sequência de jogos no profissional. Também tive a grata felicidade de nunca ter perdido para o Atlético jogando pelo Vila”.
O placar daquele jogo, disputado pelo Campeonato Goiano de 1993, seria suficiente para o Vila Nova chegar à final nesta terça-feira, frisou Paulo Massad. “É verdade, o Vila tem que ganhar com dois gols de diferença para não levar para os pênaltis. Que se repita e o Vila chegue na final”, desejou o ídolo vilanovense.
A importância da torcida
Ao longo de suas passagens pelo Vila Nova, Cacá viveu muitas emoções no reduto vilanovense e reconhece a importância do apoio do torcedor colorado. “Logicamente que o Atlético tem a vantagem, mas aquele gol colocou o Vila na briga novamente. Na hora do gol, os jogadores tiveram outra postura”, observou.
Segundo o ex-jogador, “pode ter certeza que no jogo aqui, aquele gol dará um ânimo grande. A torcida apoiará bastante, é uma torcida vibrante. Já fizemos grandes jogos no Onésio Brasileiro Alvarenga apoiados pela torcida. Tenho certeza que tanto Vila como Atlético proporcionarão um bom jogo, mas o Vila tem tudo para passar para a outra fase”.
Ao contrário do presidente atleticano Adson Batista, que minimizou a influência da torcida, Cacá apontou que, “quando jogava, eu tinha comigo que a torcida era o 12º jogador, então isso influencia no emocional e no contexto da partida. Discordo do Adson nesse sentido. Lógico que o jogo hoje está mais tático, mas a torcida sempre fará a diferença”.
A vantagem, por outro lado, é rubro-negra. “Temos que ser realistas com as coisas que estão acontecendo dentro do futebol goiano e também nacional. O Atlético está muito grande e focado, tem uma estrutura muito boa, e o Adson sempre montou times bons. Não será fácil para o Vila ganhar o jogo, o Atlético é superior tecnicamente”, ressaltou.
“Por isso que os jogadores precisam estar motivados e tirar o algo a mais para conseguir o resultado”, afirmou Cacá, que reforçou que “o Atlético tem uma equipe postada, madura e inteligente, que sabe fazer o jogo, então para o Vila conseguir a classificação precisa contar com a torcida e um dia iluminado dos jogadores”.
De toda forma, “o futebol não é uma ciência exata, mas a atmosfera fará a diferença no OBA. Não estou analisando nada técnico das equipes. Não sabemos o que acontecerá, mas pelos números, por muito tempo sem o Vila ser campeão goiano e por estar fazendo uma boa campanha na competição, o meu pensamento é que o Vila passa”, completou.
