Hospitais e instituições de saúde da rede privada ligados à Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) reduziram os atendimentos aos usuários do Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas). Em entrevista à Rádio Sagres 730, na manhã desta sexta-feira (12/2), o porta-voz a associação, Nelcivone Soares de Melo, explicou que houve um ajuste das unidades de saúde após cortes no valor das cotas de cada hospital.
Nelcivone justificou que não é uma greve ou paralisação, mas sim uma reorganização para atender o limite de cotas determinado pelo Imas. Até o momento, segundo o porta-voz, não houve qualquer negativa de atendimento aos usuários do plano. Às 10h de hoje, a diretoria do Imas e a Ahpaceg devem buscar resolver o impasse durante reunião.
“No início dessa gestão, a nova diretoria do Imas fez um corte linear no valor das cotas dos hospitais. E os hospitais estão tendo que ajustar o atendimento ao valor dessas cotas. Existe uma livre demanda e escolha dos pacientes do instituto. Então, os hospitais atendem além da cota acordada com o Imas e vai ficando um excedente de faturas para os próximos meses. Mas para muitos hospitais essa situação ficou insustentável”, explicou.
Ouça entrevista na íntegra:
Nelcivone Soares justificou que o corte das cotas foi de 50%. “Um exemplo: um determinado hospital tinha uma cota de R$ 500 mil reais. Significa que ele pode atender pacientes do Imas até esse valor. E agora essa cota foi para R$ 250 mil. Se o hospital atende além dessa cota, ele não tem garantia de que vai receber isso no futuro. Por precaução, as unidades decidiram ajustar os atendimentos para não ultrapassar o limite da cota”.
O valor das faturas depende da demanda que cada paciente tem. A associação tem, por exemplo, hospitais de alta complexidade que atendem pacientes com câncer e eles necessitam de procedimentos e medicamentos de alto custo. “Geralmente, antecipamos a compra desses remédios com a expectativa de recebimento futura. Então, é uma situação complicada”.
Atualmente, 26 hospitais privados ligados à Ahpaceg atende usuários do Imas em Goiânia.