Depois do pênalti não marcado contra o Fluminense, o Goiás Esporte Clube voltou a reclamar de arbitragem. Após o empate por 3 a 3 com o São Paulo, no Morumbi, no último sábado (23), o técnico Jair Ventura criticou a falta de critério dos árbitros brasileiros, quando comparou o pênalti marcado para o time paulista com a penalidade não assinalada para o Verdão diante dos cariocas.

O treinador esmeraldino também lembrou que o tempo estipulado pelo árbitro Caio Max Vieira para terminar o primeiro tempo diante do Tricolor no Morumbi, já havia “estourado” quando a penalidade aconteceu. Quem também “mandou um recado” foi o atacante Pedro Raul, que após o gol diante do São Paulo, foi até uma câmera de TV e desabafou: “Contra tudo e contra todos”.

Nessa terça-feira (26/7), a CBF realizou uma reunião com representantes dos clubes da Série A e Série B para tratar assuntos envolvendo a arbitragem brasileira e todas as polêmicas durante os jogos. O Goiás não enviou representantes, mas enviou um ofício para entidade reclamando dos erros dos árbitros contra a equipe, assinado pelo vice-presidente Harlei Menezes. Segundo o time esmeraldino, as atitudes foram “vergonhosas”.

Existe um complô contra o Goiás? As reclamações servem para mudar a visão dos árbitros em jogos do Goiás? Acompanhe a opinião dos comentaristas da Sagres.

Leia mais:

José Carlos Lopes

“Não existe um complô. O que existe é que historicamente, os árbitros têm um olhar especial com grandes clubes do futebol brasileiro, um coração mais generoso. Vou dar dois exemplos aqui: em São Paulo, Goiás e Corinthians, Bráulio Machado. A bola bate na mão do Caio Vinícius, que está com o braço de apoio no chão. Ele marcou pênalti. O VAR não chamou para alterar a decisão de campo. Na Serrinha, o Samuel Xavier desvia o chute do Pedro Raul com a mão, tirando a possibilidade de gol do Goiás, o árbitro Paulo roberto Alves não marcou pênalti e o VAR não chamou. Esses são exemplos clássicos de como existe um olhar especial para os grandes clubes brasileiros. Agora, complô, não há”.

Cléber Ferreira

“Eu vejo algum sentido naquilo que o Pedro Raul disse na comemoração. Na verdade, há um complô, e já falei sobre ele outras vezes. Não é um complô contra o Goiás Esporte Clube. É um complô contra as camisas de menor prestígio, daquelas que vêm de “CEPs” menos influentes, com um PIB mais baixo. O VAR tem errado muito, mas não é erro, é algo que salta aos olhos. Erro é quando o árbitro não vê, mas quando vê e passa por cima… algo que tem acontecido com frequência”.

Tim

“O Goiás tem razão em reclamar, mas não é um complô. A arbitragem brasileira precisa melhorar muito. Mesmo com a utilização do VAR, a arbitragem não melhorou. Uma baita ferramenta que está sendo desperdiçada, então a arbitragem precisa melhorar de uma
maneira geral para que os clubes parem de reclamar. O Goiás teve lance em que foi prejudicado, mas também aconteceram lances ao seu favor, então isso, infelizmente, é normal no futebol”.