A última edição do Arena Repense, realizada no último dia 24 de abril, comemorou o Dia Internacional do Jovem Trabalhador com um programa dedicado, ainda mais, ao Jovem Aprendiz da Renapsi. 

Dentre os vários pontos altos do programa, o mais singular ficou com os jovens que produziram vídeos (vlogs) narrando as experiências do dia a dia, tanto antes do trabalho quanto durante e depois do expediente. A linguagem dinâmica e criativa dos “corres de cada dia” cativaram os participantes locais e espectadores da transmissão.

A roda de conversa contou com a presença de Abner Marcelo, instrutor da Renapsi polo Goiás, Deise Percílio, especialista em gestão de pessoas, Diego Sampaio, programador, e Lucas Taurino, Ex-jovem aprendiz.

Oportunidade

A conversa iniciou-se com a perspectiva do instrutor Abner, que defendeu a importância das leis trabalhistas na medida em que elas resguardam o bem-estar, saúde e promovem a integração social do trabalhador. Segundo ele, são 24 anos de lei de aprendizagem no Brasil, transformando a vida do jovem a partir do momento que estimula o desenvolvimento de responsabilidades.

E com relação ao dia em si, Abner afirma que “ele foi instituído para a gente lembrar da responsabilidade social que a gente tem de inserir o Jovem no Mercado de Trabalho, então a gente tá falando de uma Oportunidade de emancipação, uma oportunidade de você iniciar a visualização da profissionalização e da iniciação de uma carreira.”

Habilidades

Em seguida, Deise evidenciou o diferencial do trabalho realizado pela Renapsi. “O que eu acho mais interessante no programa de vocês é poder trazer a capacitação (…) vocês acabam dando esse direcionamento.” explicou a especialista. Para ela, a instituição promove o desenvolvimento da autoconfiança: “atitude é o que vocês estão dando para a meninada, na medida em que ela acredita em si própria.”

E no âmbito da participação nas atividades da empresa, ela fez valer seus anos de expertise na seleção ao destacar a postura desejável do colaborador que as empresas querem. Há, de acordo com ela, um clima muito leve nas aulas de aprendizagem, o que contrasta com a rigidez que é comum no ambiente empresarial, que é focado em números e resultados. O importante para a profissional é que o jovem se dedique, além de que “fique lá na sua integridade, porque às vezes o corpo tá lá, mas a mente pode estar fora, no Instagram.”

Desafios

Os que se deram bem ao se dedicarem em seus respectivos tempos de Jovem Aprendiz foram o Lucas Taurino e o Diego Sampaio. O programador afirmou que o seu tempo com a Renapsi foi essencial, afinal: “é aquela coisa: você está começando, você é um jovem, você tem um mercado de trabalho para enfrentar, e é importante a gente ter esse recurso (a lei) pra ajudar a gente a conseguir se capacitar, (…) entender como que funcionam as coisas dentro de uma empresa. declarou, Diego.

Outro ponto que o programador explicou foi o das soft skills: habilidades relacionadas ao comportamento profissional do indivíduo. Algo que é cobrado atualmente pelas empresas, pois elas são capazes de identificar como se dão as relações do trabalhador para com seus colegas, sendo a comunicação um dos pontos chaves. Nesse sentido, Diego assegurou uma das formas de se dar bem no ambiente de trabalho: “abrace o contexto, aprenda com as pessoas, foque no que elas fazem.”

Seguindo pelo mesmo caminho, Lucas esclareceu sobre seu processo de amadurecimento como pessoa e de que forma teve sua vida transformada a partir de suas experiências resguardadas pela Lei do Aprendiz, sendo posteriormente efetivado na empresa que trabalhava nesse regime. Ele superou antigos desafios, como aprender a trabalhar melhor em equipe, além de que aprendeu a “a ouvir mais, me portar melhor quando falar.” O seu sucesso se deu a partir dessas e outras iniciativas, como quando criou “um pouco mais de responsabilidade, não só no trabalho.”

Protagonismo

Quem também contribuiu para o debate, no âmbito das novas profissões e do protagonismo feminino, foi a primeira mulher a se formar em Inteligência Artificial no Brasil, Heloisy Pereira. A profissional fez 6 meses de Odontologia, mas decidiu mudar para fazer parte da primeira turma do curso na Universidade Federal de Goiás. Para ela: “a questão de ser a primeira, mostra para outras mulheres  que é possível, que essa área de tecnologia tá aberta.”

Assista à Arena Repense na íntegra no link acima.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

Confira edições anteriores do Arena Repense: