(Foto: Douglas Monteiro/VNFC)
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O Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás (SINAPEGO) respondeu no início da tarde desta segunda-feira (30) o ofício conjunto de Atlético, Goiás e Vila Nova pedindo entre outras propostas, a redução salarial em 50%. De acordo com o advogado do Vila Nova, Maurilho Teixeira, os atletas não aceitaram as medidas sugeridas e não apresentaram uma contraproposta.
“Nós entendemos que deve ser esse percentual (50%), pela dificuldade que estão passando os clubes de Goiás, principalmente o Vila Nova e os motivos são transparentes, já que não tem cota de televisão e depende do patrocínio de alguns que já estão comunicando a suspensão. Atlético e Goiás também têm as suas e elas foram colocadas de maneira bem clara. Me parece que não está tendo essa facilidade de entendimento por parte do sindicato, infelizmente o diálogo com os clubes está diminuindo e se não tiver uma mudança nesse pensamento por parte do SINAPEGO, teremos que agir como manda a legislação”, explicou.
Ele ressaltou ainda que como não houve uma aceitação do documento de forma geral e os atletas não propuserem uma contraproposta em relação aos vencimento e nem citaram as medidas provisórias garantidas pelo Governo que permitem algumas alterações nos contratos trabalhistas, a tendência é que as equipes goianas iniciem a partir de agora as negociações individuais. Assim os salários poderão ser reduzidos em pelo menos 25%.
“Eles podem fazer a negociação individual. Tentamos uma negociação com o Sindicato, mas como não houve contraproposta, agora os três clubes podem trabalhar com essa situação de negociar individualmente com os atletas”, disse.
De acordo com Maurilho Teixeira, o SINAPEGO respondeu apenas a proposta das férias coletivas que serão concedidas a partir do dia 01/04. Após os 20 dias, os clubes sugeriram a prorrogação das férias em 10 dias caso as competições não tenham previsão de retorno ao até mesmo a suspensão do contrato, o que também não foi aceito.
Confira as propostas que Atlético, Goiás e Vila Nova fizeram ao Sindicato dos Atletas:
Apesar disso, ele explicou que no Vila Nova os salários terão redução de pelo menos 25%, porcentagem garantida na legislação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), no artigo 503 que diz: “É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, a redução geral dos salários dos empregados da empresa, proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), respeitado, em qualquer caso, o salário mínimo da região.Parágrafo único – Cessados os efeitos decorrentes do motivo de força maior, é garantido o restabelecimento dos salários reduzidos”.
“No Vila Nova as férias acontecem em 20 dias a partir do dia primeiro de abril. Depois desse período será analisada a possibilidade de prorrogação dessas férias dependendo da situação dos campeonatos ou até mesmo a suspensão dos contratos de trabalho. Isso tudo de acordo com o calendário dos campeonatos, vamos ter que aguardar para saber se terão condições de retornarem em 40, 50 ou 60 dias. A redução salarial dos atletas é fato, não tem como não acontecer por todas as dificuldades que são de conhecimento público. Não tem como o clube honrar com 100% dos salários dos atletas a partir de março porque o clube não está tendo receita”, afirmou Maurilho.
Confira as opiniões dos comentaristas da Sagres:
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