O Atlético Goianiense tinha organizado uma logística para os jogadores receberem a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Após o jogo contra o Newell’s Old Boys, a delegação rubro-negra sairia da Argentina e faria escala no Paraguai para receber o reforço do imunizante. No entanto, conforme a apuração da repórter Nathália Freitas, da Sagres, a parada não será realizada.

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Em entrevista à Sagres, o presidente do Atlético Goianiense, Adson Batista explicou que o time não teve autorização para aterrissar no Paraguai e afirmou que a vacinação deve ser realizada após a partida contra o Athletico Paranaense, no dia 20 de junho, pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena da Baixada, em Curitiba. 

 “Tivemos um problema para aterrizar no Paraguai, é complexa a situação. Mas já temos um trabalho para conseguir fazer essa vacinação no dia que jogarmos contra o Athletico Paranaense, porque está próximo e é possível fazer essa logística. Nós não podemos perder essa oportunidade porque vai demorar muito para termos a chance de vacinar todos os atletas no Brasil”, detalhou.   

Dessa forma o clube terá que fretar um voo e voltar ao Paraguai para receber a segunda dose das vacinas contra a Covid. O dirigente ainda pontuou que não seria possível sequer dormir na Argentina para seguir para o Paraguai nesta quarta-feira (26), devido às medidas de combate a disseminação do coronavírus. 

“Tudo precisa ser feito com muita antecedência. Aqui na Argentina, por exemplo, nós quase não tivemos autorização para aterrissar, porque o país está em lockdown e em cima da hora é impossível mudar um voo. Então muitas coisas inviabilizarão (a parada no Paraguai) e nós queremos fazer as coisas com segurança”, declarou.  

O time goiano foi o primeiro clube brasileiro a receber vacinas disponibilizadas pela Conmebol. Na viagem para a partida contra o Libertad, em Assunção, no dia 6 de maio, jogadores, comissão técnica e dirigentes receberam a primeira dose. As vacinas foram doadas à Conmebol pelo laboratório chinês SinoVac. 

A Entidade está imunizando profissionais das equipes envolvidas na Libertadores e na Sul-Americana, primeiras divisões nacionais, além de seleções que disputarão a Copa América. Toda a delegação do Atlético, com 45 pessoas, teve acesso às vacinas.

O Brasil segue um Plano Nacional de Imunização (PNI), que prevê a vacinação de grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades, além de trabalhadores da área da saúde e educação, antes de outros grupos considerados menos vulneráveis. Se as doses fossem enviadas ao país, elas seriam entregues ao PNI e não para clubes ou entidades de futebol.