A vida do Atlético na Série B está um terror escancarado e parecia que na sexta-feira 13, a situação ficaria ainda mais preta. Só que, quem tem Jesus e o salvador Márcio, tem mais chances de afastar tudo de ruim. Depois de um primeiro tempo tenebroso, o Atlético fez uma etapa final iluminada e venceu o Boa Esporte por 3 a 1, de virada, no Serra Dourada, e segue respirando na Série B.

O Jogo

O clima de sexta-feira 13 estava presente nas arquibancadas do Serra Dourada, com faixas e vestimentas, mas também dentro de campo, com um futebol terrível do Atlético, bem ao estilo da camisa preta que o time entrou em campo. A primeira chance do Dragão, e única, veio aos 14 minutos, quando Jonh Lennon fez grande jogada e serviu Jorginho, mas a finalização, de perna esquerda, foi displicente e passou à esquerda do gol.

O Boa, que não tinha nada com o clima tenebroso do Dragão, tratou de assombrar ainda mais o time rubro-negro. Aos 17, Fernando Karanga foi lançado, passou como quis por Anderson Conceição, entrou na área e chutou, Márcio rebateu e Francismar, ex-Atlético, completou para a rede e abriu o placar. O Dragão, com a pane geral, quase tomou o segundo, dois minutos depois: aos 19, após escanteio, Francismar cabeceou e Márcio se esticou todo para salvar.

Aliás, o goleiro Márcio foi o principal nome do Atlético e, porque não, da partida, na etapa inicial. O goleiro ainda se destacou em outros dois lances: aos 23, quando deu uma de líbero e desarmou o meia Marcelinho Paraíba, quando o gol estava aberto, e a segunda aos 42 minutos, quando Marcelinho Paraíba cobrou falta no capricho e o goleiro foi no angulo para espalmar.

2º tempo

Para tentar mudar o ambiente negativo, o técnico PC Gusmão fez duas alterações logo no intervalo: sacou Guilherme Santos e Jorginho para as entradas de Diogo Campos e João Paulo. O resultado? Nenhum, aparentemente. O Atlético finalizou aos nove com Ricardo Jesus, mas o chute foi fraco. O Boa, que tinha o jogo na mão, ofereceu de todas as formas ao Atlético. E ele aceitou.

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Aos 19 minutos, a defesa mineira deu bobeira e após bola espirrada, João Paulo dominou e já girou chutando de esquerda, no canto esquerdo de Douglas, que nem pulou para sair na foto. O gol animou o Dragão e deu mostras de que a nuvem negra estava se afastando. A certeza veio aos 26 minutos, quando em nova falha da defesa, Regis pegou rebote, passou pelo goleiro e foi derrubado. Pênalti.

Na cobrança, era só Jesus na causa contra tanto azar. O atacante, meio displicente, tomou pouca distancia e cobrou mal, o goleiro Douglas tocou na bola, mas mesmo assim ela foi morrer no fundo do gol. O golpe final no azar veio aos 37 minutos, quando João Paulo iniciou o contra-ataque e passou para o Juninho, que carregou e serviu Jonh Lennon fazer o cruzamento na cabeça da Ricardo Jesus, mas o artilheiro deu uma de garçon e deu o gol para Juninho, de peito, fechar o placar. Juninho não marcava um gol desde Abril de 2011. Sinal que o azar pode ter ido embora.