Entender como você mesmo funciona, seja seu corpo físico, seus pensamentos, emoções ou sentimentos, te dá a clareza para entender seus limites e ampliar suas capacidades. A inteligência emocional associada ao autoconhecimento foi um dos temas da Arena Repense desta terça-feira (12).
A Coordenadora do departamento Psicossocial da Renapsi em Goiás, Aline Mariano, avalia que o autoconhecimento traz só benefícios para qualquer área da sua vida pessoal.
“Isso é passo a passo, é diário, a emoção fala sobre o nosso comportamento. O pensamento gera uma emoção, traz consigo influências no corpo, por exemplo, uma dor de barriga, uma ansiedade, o que a gente faz para que o impacto seja positiva, primeiro me conhecendo, então eu preciso parar me autoavaliar. Uma autoavaliação para identificar o que me dá gatilhos, o que gera medo, identifica o que sinto”, analisou.
A analista psicossocial da renapsi em São Paulo, Camila Cabral, avalia que o autoconhecimento pode colaborar com o desenvolvimento da autoconfiança necessária para tomar decisões, planejar nosso futuro e definir objetivos e metas de forma eficiente.
“Quando a gente aprende a lidar com as emoções, fica mais fácil fazer trabalhá-las ao nosso favor, aprender o quanto antes, pode evitar comportamentos impulsivos, medo, ansiedade, quando a tristeza chega, saber como lidar, sem me autojulgar, o autoconhecimento é fundamental”, destacou.
Buscar o autoconhecimento é ter uma investigação individual que busca identificar quais são as características mais marcantes, os gostos, as inclinações, os padrões de comportamento e os sentimentos vivenciados por ela. No entanto, uma preocupação é quanto ao imediatismo, que pode trazer reflexos negativos, principalmente para os mais jovens.
“Somos imediatistas, a nossa mente é instinto, a gente quer se preservar o tempo todo. A gente tem dois lados um racional e outro emocional. A gente precisa aprender a lidar com tudo isso e vamos conseguindo olhar pra si, como eu me sinto diante de várias circunstâncias”, relatou a psicóloga Wanessa Rios.
Assista ao programa
Rede Social
Usar as redes sociais sem o devido cuidado pode trazer prejuízos para a sua vida pessoal e profissional, afetando a sua autoestima e até mesmo a sua produtividade profissional. Em um mundo conectado, ter inteligência emocionalnas redes sociais é uma habilidade essencial para lidarmos com as múltiplas informações, que se propagam com facilidade.
“Rede social é uma vitrine, geralmente só traz os pontos positivos de todo mundo, mas cadê as fragilidades que todo mundo tem? É preciso tomar cuidado com isso, pois, afinal estamos numa era digital. O que você vê é o lado bom das coisas, e é preciso entender que é algo momentâneo, cuidado com as comparações, cada pessoa é única”, destacou Wanessa Rios.
Aline Mariano alerta que o consumo de informações nas redes sociais requer cuidados, pois há relatos da vida perfeita, da blogueira que consegue fazer tudo e vencer e as questões trágicas, notícias que podem abalar.
“O uso na rede social precisa ter cuidado, vai nos extremos, ou são notícias trágicas ou é a vida perfeita e não é assim a vida real. A gente precisa ter o cuidado com as questões trágicas que despertam sentimentos ruins também”, analisou Aline.
O tema é alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), ODS 3—Saúde e Bem-Estar.