Na COP29, realizada em Baku, o Azerbaijão pediu aos países participantes que superem divergências e cheguem a um acordo financeiro nesta sexta-feira, 22, encerrando as negociações de duas semanas.
O objetivo central é que as nações ricas comprometam-se a destinar centenas de bilhões de dólares para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar os crescentes impactos do aquecimento global. Segundo especialistas, essas nações precisam de pelo menos US$ 1 trilhão por ano até 2030, mas o consenso esbarra em resistência, especialmente dos países desenvolvidos.
O retorno do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, à Casa Branca adicionou incertezas às discussões. Como maior emissor global de gases de efeito estufa, o papel dos EUA é fundamental para o avanço das negociações.
Desafios no texto do acordo
Na quinta-feira (21), um novo rascunho do acordo foi apresentado, mas gerou insatisfação geral. O texto, reduzido para 10 páginas, ainda não especifica o total de recursos anuais, deixando lacunas como “X”. Além disso, questões como o formato dos financiamentos – subsídios ou empréstimos – e a inclusão de recursos não públicos permanecem sem consenso.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, retornou a Baku após participar do G20 no Brasil, reforçando que “o fracasso não é uma opção”. Já a presidência da COP29 pediu aos delegados que trabalhem em propostas de transição para fechar o acordo. Um novo rascunho está previsto para ser divulgado ainda hoje, na expectativa de um consenso até o final do dia.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima
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