(Foto: Reprodução / Governo de Goiás)

Análises feitas pela força-tarefa designada para avaliação dos danos no local apontam que a barragem que se rompeu em Pontalina está condenada. A estrutura, localizada na Fazenda São Lourenço das Guarirobas, não tem recuperação, uma vez que foi gravemente abalada pela pressão da água e pelo alto volume de chuvas que caiu na região.

Segundo o superintendente de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, Robson Disarz, não há condições de recuperação da atual estrutura. O proprietário deverá escolher entre uma reconstrução total, única maneira de continuar com a barragem, ou sua desativação. Qualquer decisão tomada deve ser avisada com antecedência à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), conforme auto de advertência aplicada pela Semad.

Caso opte pelo descomissionamento da estrutura, o proprietário deverá apresentar um cronograma de desativação da barragem, além do projeto de recuperação ambiental da área antes ocupada pelo espelho d’água e seu arredor.

Nesta sexta-feira (10), foi apresentado o laudo da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) sobre o rompimento. A SPTC apontou quem uma combinação de fatores causou o colapso da barragem, estando entre os elementos a negligência do proprietário quanto à estrutura da represa, que se rompeu, afetando áreas de preservação na região e provocando danos materiais a moradores de Pontalina.

A Semad já multou o proprietário em R$ 100 mil por quatro itens de irregularidade: por não realizar o cadastro da barragem no sistema da Semad já citado, por problemas na descarga de fundo, por alterações irregulares no extravasor lateral (substituição das tábuas de madeira por um muro de alvenaria, que impossibilitou a regulação da vazão, agravada por danos em propriedades alheias), além de área inundada superior ao outorgado e falhas na manutenção da estrutura, agravado por prejuízos nas áreas abaixo da represa. Agora, as equipes avaliam a extensão dos danos ambientais para calcular o valor da multa a ser aplicada em um segundo momento.

*Com informações do Governo de Goiás