Os deputados estaduais deverão votar nos próximos dias o relatório enviado há quase duas semanas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que mudou posicionamento e passou a aprovar, com ressalvas as contas referentes ao ano de 2018 – último da gestão do PSDB. A matéria está na apta à votação única em plenário desde a semana passada, mas ainda não encontrou prioridade na fila de pautas, que é elaborada pelo presidente, Lissauer Vieira (PSD).
Segundo Lissauer, ainda não foi iniciado qualquer diálogo entre os parlamentares ou mesmo com articuladores do governador Ronaldo Caiado (UB), apesar de a rejeição das contas em 2019, definida pelo TCE e confirmada pela Alego, ser parte central do discurso caiadista ao longo dos últimos três anos. “Ainda não há uma tendência entre os deputados que possa ser medida, mas o governador não entrou com qualquer orientação sobre esse assunto. A Casa, historicamente, não tem tendência de rejeitar contas, né? Independente de quem seja o gestor”, avalia o presidente.
Ao longo da história, de fato, a Alego, tem se restringido a confirmar os relatórios do TCE. Desta vez, o Tribunal mudou o posicionamento tomado em 2019 e decidiu, em 16 de maio, aprovar, com ressalvas, as contas do exercício de 2018. A análise foi refeita por depois de decisão da 3ª Câmara Cível do TJGO), que determinou a nulidade do processo administrativo do TCE. Marconi e Eliton apontaram que não tiveram espaço de defesa.

Antes…
Em 2019, as contas foram rejeitadas por 3 votos a 2. Na época, o relator, conselheiro Saulo Mesquita, apontou 12 irregularidades, como desrespeito ao limite de gastos com pessoal, descumprimento do porcentual de aplicação em educação e abertura de créditos sem recursos disponíveis.
… e depois
No último mês, no entanto, mesmo relator votou pela aprovação, com 10 ressalvas. Os conselheiros Kennedy Trindade, Carla Santillo e Helder Valin seguiram o relator enquanto Celmar Rech votou pela reprovação e Sebastião Tejota se manifestou pela aprovação com ressalvas apenas ao período em que o estado era chefiado por Marconi Perillo, até abril de 2018.

Afastamento
A deputada federal Magda Mofatto (PL) mostrou mais uma vez, nesta terça-feira (31) ser mais mendanhista do que bolsonarista. Apesar de se posicionar a favor de todas as pautas do presidente, ela preferiu realizar nova reunião com vereadores de Aparecida de Goiânia, ao invés de acompanha agenda do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Jataí.
Projetos
A parlamentar teve almoço com vereadores da cidade, depois que dois vereadores deixaram de apoiar seu projeto de reeleição à Câmara Federal. A Câmara Municipal de Aparecida tem sido palco de guerra política entre Magda e o deputado federal Professor Alcides (PL).
Prioridade
Magda passou a ter foco total no próprio projeto e na pré-candidatura do ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota), depois que a direção nacional entregou o comando do PL ao deputado federal Major Vitor Hugo, pré-candidato ao governo apoiado por Bolsonaro em Goiás. O almoço de ontem foi articulado pelo presidente da Câmara, André Fortaleza (MDB).

Federações
Depois do encerramento do prazo ontem, o TSE registrou a formação de três federações para a disputa das eleições de outubro. A primeira construída é a liderada pelo PT, com PCdoB e PV, que indicou o ex-presidente Lula (PT) como pré-candidato à Presidência. A soma de partidos tem 68 deputados federais. A presidente da federação é a deputada Gleisi Hoffmann, que também comanda o Partido dos Trabalhadores.
Esquerda
A federação PSOL-Rede apoia a pré-candidatura de Lula e tem possui 10 cadeiras na Câmara dos Deputados – 8 são do PSOL. A aliança é presidida por Guilherme Boulos, que foi candidato a presidente pelo PSOL em 2018.
Centro
No caso da aliança entre PSDB e Cidadania, o Cidadania já declarou apoio à pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB), mas o PSDB ainda decide o que fazer depois que o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou sua desistência da disputa eleitoral. Dos 27 deputados federais da federação, 21 são tucanos. O ex-deputado federal Bruno Araújo acumula os comandos do PSDB e da federação.