Depois de contar com o apoio de apenas 14 prefeitos na campanha ao governo estadual de 2018, Ronaldo Caiado saltou, em período de quatro anos, para 207 gestores, do total de 246 municípios goianos – o que representa 84% das cidades. A comparação ocorre entre as duas fases de pré-candidatura ao Palácio das Esmeraldas. O número atual foi apurado em levantamento interno de partidos aliados à base do governador, a partir das filiações e movimentações partidárias até a janela partidária, no início do mês, já que a migração de pré-candidatos a deputado federal e estadual leva também lideranças locais e prefeitos.
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Ouça “#397: Base de Ronaldo Caiado sai de 5% para 84% dos prefeitos goianos entre 2018 e 2022” no Spreaker.O presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM) e prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves (MDB), aponta que este apoio de gestores será decisivo para o pleito do governador, assim como seria para qualquer outro candidato que busque chegar ao governo. O emedebista relaciona diretamente a definição de parceria política com a atuação de Caiado para que os recursos estaduais cheguem aos municípios. O presidente da FGM cita as ações sociais, o trabalho em Saúde durante e após a pandemia, o recapeamento de ruas e rodovias, além da construção de casas.
“Nós, gestores municipais, estamos trabalhando com o governo estadual e temos recebido a contrapartida independente de sermos base. São recursos que chegam para a Saúde, como foi o PSF (Programa de Saúde da Família), que é um dos maiores exemplos, porque em gestões anteriores chegou a ter 13 meses atrasados e não tem mais atrasos”, considera o prefeito caiadista.
Novo titular
O médico e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) Sandro Batista vai substituir Ismael Alexandrino na Secretaria Estadual de Saúde (SES). A troca foi confirmada em uma edição extra do Diário Oficial, publicada nesta quinta-feira (14). A posse deve acontecer na segunda-feira (18).
Curriculum
O médico já integra a pasta, na superintendência de Atenção Integral à Saúde. Sandro é doutor em Ciências da Saúde e atua como professor assistente do Serviço de Medicina Comunitária da Faculdade de Medicina da UFG.
Frustração
O pré-candidato ao governo estadual, deputado federal Major Vitor Hugo (PL), não teve sucesso na articulação que buscava para presidir a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) – a mais cobiçada da Câmara Federal.
Acordo furado
A definição agora é de que a comissão será dirigida neste ano pelo União Brasil. Vitor Hugo havia condicionado a filiação ao PL ao compromisso de o bloco do Centrão (PP, PSD, PL, PSL, Avante, Patriota, Podemos, Republicanos, PSC, PTB e Pros) o indicar para a presidência da CCJ.
Hoje, não!
O senador Jorge Kajuru (Podemos) recusou convite para participação de um jantar promovido pelo pré-candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre os motivos, o senador apontou um distanciamento ético que sempre buscou aplicar na vida pública.
Regra
“Aprendi com o até hoje insubstituível Paulo Francis, no livro Diário da Corte, que jornalista e político devem ter uma regra: manter distância cética de todos os poderes”, explica.
Diferença
“Se o outro lado for sério e ético, vai até preferir um parlamentar como eu, ao invés de um que vai bajular e depois aparecer envolvido em escândalos, como o do MEC”, diz. Apesar da recusa, o senador garante que não tem problema pessoal com Lula. Considera ainda que, como nunca esteve em refeições com o presidente Jair Bolsonaro (PL), não deve estar o ex-presidente.
