Os vereadores e Goiânia escolhem no próximo dia 11 de dezembro a nova mesa diretora da Câmara Municipal e as articulações mais fortes são realizadas entre grupos que têm embates tradicionais na Casa. A base do prefeito Paulo Garcia (PT) e a oposição à gestão petista intensificam conversas para eleger o novo presidente.

A principal intensão é isolar a força do bloco independente, formado por sete vereadores. O grupo tem a intenção de negociar com os dois lados, desde que possam ter papel de destaque na nova formação, mas o posicionamento duplo tem causado insatisfações dos dois lados.

O opositor Elias Vaz (PSB) confirma as conversas e explica que a discussão é sobre o que a maioria dos vereadores quer para a próxima gestão e ainda não há um nome colocado como favorito para a presidência. “Não tem nome especificamente. Alguns colocam que o vereador Anselmo tem esta característica por um lado, o vereador Carlos Soares tem por outro. Tem vários vereadores que tem essa característica. Não é questão de ter uma mesa diretora de oposição ou de situação, mas do poder”, defende.

O vereador Carlos Soares (PT), apontado como um dos nomes para representar a união entre oposição e situação na Câmara, concorda com a ideia de integração. “A mesa não há necessidade de ser oposição ou situação. A mesa tem que pensar em trabalhar para os vereadores. Nós precisamos construir uma mesa menos politizada,” avalia.

As articulações entre vereadores da base e da oposição retiram a importância dos sete votos do bloco independente para a escolha do próximo presidente da Câmara Municipal. O líder do grupo, Zander Fábio (PSL), admite as negociações, mas mantém o projeto alternativo. “Tem algumas coisas que não se misturam, mas tudo é possível. Nós do bloco estamos tratando de um projeto que inclui nós sete, claro que buscando espaço. A vantagem que vejo nesse bloco é que ele transita tanto na oposição como na situação”, argumenta.

A escolha do novo presidente da Câmara Municipal será realizada em votação no próximo dia 11 de dezembro.