A qualquer momento se tornará público o novo decreto do governador Ronaldo Caiado, para enfrentamento da Covid 19. Pelo que anunciou no seu pronunciamento desta segunda feira, 29 de junho, Caiado vai estipular que as atividades produtivas cumpram um revezamento: 14 dias fechadas/ 14 dias abertas, no Estado de Goiás.

Embora muitos estejam definindo o novo decreto como uma ordem, ele não é: é uma sugestão, já que a prerrogativa de dizer o que deve ou não funcionar nas cidades, é dos prefeitos. Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida, que já tem um plano em execução no município, disse que não vai mudar em nada, está dando certo, ou seja, não vai seguir as recomendações do decreto do governador.

Em Goiânia, o prefeito Íris Rezende disse que deve seguir a orientação do governador. Aí entram as preocupações de Goiás, Atlético e Vila Nova. Os três clubes têm seus centros de treinamentos na Capital e se o futebol for considerado atividade produtiva, nenhum dos times poderá manter seu elenco treinando. Volta à estaca zero, depois de uma verdadeira briga de foice no escuro para conseguir junto ao prefeito a autorização para a volta aos trabalhos.

Caso os clubes fiquem fora, o trabalho segue normal e é assim que deve ser, senão vejamos: para manter o elenco treinando os clubes são obrigados a cumprir um protocolo de testagem de todo o elenco, mais os profissionais com outras funções que participam do trabalho semanalmente. Isto auxilia no controle da propagação do vírus, já que se alguém testa positivo, este alguém será isolado e não contaminará ninguém. Se fosse diferente, o contaminado seria um foco contaminador solto pela cidade.

A CBF anunciou que o Campeonato Brasileiro da Série A inicia no dia 9 de agosto, ou seja, em pouco mais de um mês. Goiás e Atlético vão disputar a competição, e não tem como jogador atuar sem estar condicionado técnica e fisicamente. Quando um atleta entra em uma partida sem condição física, fatalmente ele vai sofrer algum tipo de lesão, principalmente as musculares. Se entra sem condição técnica, seu rendimento será aquém do que ele sabe jogar. Em outras palavras, proibir Atlético e Goiás de treinar é jogar contra o futebol goiano.

Diante destas duas argumentações é que me faz torcer pela sensatez do prefeito Iris Rezende, para que mesmo aderindo à recomendação do governador, tenha o entendimento de que para o futebol, o melhor é deixar os times seguirem trabalhando.