O governador Ronaldo Caiado (DEM) foi às redes sociais exigir que prefeitos goianos, presidentes de entidades e o Fórum Empresarial se posicionem em relação às medidas apresentadas pela Universidade Federal de Goiás (UFG) na manhã desta segunda-feira (29) para conter o avanço da pandemia, e que assumam a responsabilidade sobre os possíveis novos casos e mortes pela Covid-19 caso não concordem com o protocolo.
“Prefeitos (as), presidentes de entidades, Fórum Empresarial e demais entidades que não estiverem de acordo com a nova medida, se posicionem e assumam a responsabilidade. O Governo de Goiás respalda o protocolo da UFG. Quem estiver de acordo, terá total apoio do Estado”, publicou.
Prefeitos (as), presidentes de entidades, Fórum Empresarial e demais entidades que não estiverem de acordo com a nova medida, se posicionem e assumam a responsabilidade. O Governo de Goiás respalda o protocolo da UFG. Quem estiver de acordo, terá total apoio do Estado.
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) June 29, 2020
O estudo, apresentado pelo professor Thiago Rangel, da UFG, mostra que um fechamento do comércio pro 14 dias, seguido de reabertura por mais 14 dias, poderia reduzir em 61,5% o número de mortes pela doença do novo coronavírus em Goiás. Caiado diz que o momento exige responsabilidade, e que o prefeito Iris Rezende, demais Poderes e a Associação Goiana dos Municípios (AGM) já demonstraram convergência com o protocolo.
“Os presidentes da Federação e da Associação Goiana dos Municípios, o prefeito de Goiânia e demais Poderes, mostraram convergência com a tese apresentada pela UFG. Pelos empresários, falou Otávio Lage Filho que, acredito eu, não queira caminhar para a projeção de 18 mil mortos”, postou o governador.
Os presidentes da Federação e da Associação Goiana dos Municípios, o prefeito de Goiânia e demais Poderes, mostraram convergência com a tese apresentada pela UFG. Pelos empresários, falou Otávio Lage Filho que, acredito eu, não queira caminhar para a projeção de 18 mil mortos.
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) June 29, 2020
O estudo mostra que, para evitar um colapso do sistema de saúde estadual em julho, seriam necessários 2 mil leitos de UTI em Goiás. O secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, já afirmou que só seria possível chegar a 600, e que a taxa de ocupação atual já supera 86%.
Ainda no Twitter, Caiado disse que vai seguir o protocolo de fechamento do comércio já a partir desta terça-feira (30) pelos próximos 14 dias.
“Respeito as normas legais e a autonomia dos prefeitos sobre as decisões dos municípios garantida pelo STF. No entanto, no que cabe ao Governo Estadual, vamos fazer valer a partir de amanhã (30) o modelo de quarentena 14 por 14. Funcionando somente serviços essenciais”.
Respeito as normas legais e a autonomia dos prefeitos sobre as decisões dos municípios garantida pelo STF. No entanto, no que cabe ao Governo Estadual, vamos fazer valer a partir de amanhã (30) o modelo de quarentena 14 por 14. Funcionando somente serviços essenciais.
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) June 29, 2020
Aparecida de Goiânia
Em nota, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia diz que já está fazendo isolamento social de modo escalonado, por meio de lockdown regional de segunda a sexta-feira e de atividades não essenciais aos domingos. Confira a nota a seguir.
“A Prefeitura de Aparecida esclarece que já está fazendo o isolamento social intermitente, desde 8 de junho de 2020. A aplicação efetiva do isolamento ocorre de modo escalonado e regionalmente.
A Portaria 035/2020, de 5 de junho de 2020, da Secretaria de Saúde de Aparecida que instituiu o escalonamento regional leva em consideração a portaria e nota técnica da Secretaria de Saúde de Aparecida datada de 22 de abril de 2020 que adotou na cidade de Aparecida de Goiânia a Matriz de Risco do Ministério da Saúde.
A mudança de cenário leva em conta a ocupação dos leitos de UTIs, que tem sido ampliado. Atualmente, a cidade já conta com 133 leitos de UTIs e semi-UTIs. Contudo, é necessário reduzir o aumento de contágio da doença entre a população para evitar um colapso do sistema de saúde.
Entre 8 e 27 de junho de 2020, no cenário verde/estável, cada macrozona fecha uma vez por semana de segunda a sexta. A cidade foi dividida em 10 macrozonas. No dia da macrozona, fecham-se até supermercados e postos de combustíveis.
No amarelo, de risco moderado (atual), todas as macrorregiões fecham também aos domingos. No cenário laranja, cada macrozona fecha duas vezes por semana e a cidade inteira sábado, a partir das 13h, e domingo o dia todo.
No cenário vermelho, considerando 14 dias (duas semanas), a cidade tem o comércio fechado regionalmente por 10 dias, ficando apenas 4 dias abertos, de modo intercalado.
O Comitê de Enfrentamento ao novo coronavírus em Aparecida mantém as regras atuais de isolamento social intermitente, mas não descarta fazer 14 dias direto de isolamento social. Porém, essa decisão será tomada com base nos dados técnicos-científicos da realidade do município de Aparecida de Goiânia.”
Senador Canedo
O prefeito de Senador Canedo, Divino Lemes, disse que vai seguir o protocolo da UFG com o fechamento do comércio e atividades não essenciais pelos próximos 14 dias.
“Não há como, no meu entendimento e no entendimento do conselho de combate ao Covid de Senador Canedo, agir diferente do que vai acontecer na grande Goiânia, na capital, porque estamos muito próximos e ligados”, afirma.
Goianésia
O prefeito de Goianésia, Renato de Castro, disse que o comércio continuará aberto na cidade, mas que vai decretar um lockdown (fechamento total) de menos de um dia (18 horas de duração) já neste domingo (5).
“Nós estamos pensando em decretar um lockdown completo no domingo a partir do meio-dia. Essa é uma ideia que a gente vai levar para o comitê, mas que no domingo do meio-dia até às 6 horas da manhã de segunda-feira a gente faça um completo lockdown. Para quê isso? Para tentar não penalizar ninguém e tentar manter a nossa cidade funcionando”, afirma.
Renato de Castro diz que ainda é possível “segurar” o comércio aberto no município, mas pede a colaboração da população para evitar aglomerações que possam disseminar a Covid-19.
“Está tendo muita festinha por aí, muita gente que não está fazendo a sua parte e isso tem causado uma aflição na gente. As nossas unidades de saúde estão preparadas, mas o medo é que isso esgote de uma hora para outra pelo aumento da demanda”, solicita.
Luziânia
A prefeita de Luziânia, professora Edna, fez uma enquete no perfil dela no Instagram. Até o fechamento desta edição, 52% dos votos era a favor do lockdown e 48% contra.
Em nota pública, a prefeita declarou que fará reunião com o Gabinete de Crise, e que nesta terça-feira (30) à tarde se reunirá com todos os prefeitos do Entorno de Brasília para só então ter um posicionamento sobre o lockdown.
