Os dois representantes goianos na Série A vão mal das pernas na competição e estão em posições incômodas na tabela de classificação. O Atlético é o 18º colocado com cinco pontos ganhos, e o Goiás é o 19º com quatro. Ambos estariam rebaixados se a competição terminasse hoje.

Naturalmente ninguém esperava que os dois clubes disputassem o título da competição. A diferença orçamentária entre as equipes mais tradicionais do Brasil, sobretudo as do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais para os times goianos é grande demais.

O Atlético tem o menor orçamento entre as equipes da Série A, já que veio da Série B no ano passado e neste caso disputa a Série A, com o orçamento de Série B por três anos, e se ficar na Série A, passa receber o valor dado aos clubes da divisão.

É a regra da divisão da receita alcançada com a venda dos direitos de transmissão dos jogos para a televisão. Mas mesmo não esperando as equipes disputando o título, também ninguém esperava esta draga toda para os dois times.

O presidente Adson Batista avalia o elenco do Atlético como bom é suficiente para manter o clube no meio da tabela, assegurando a permanência na primeira divisão para o ano que vem, mas o trabalho do técnico Vagner Mancini está muito irregular e se não houver uma reação neste sentido, quanto o time engrenar pode ser tarde e o rebaixamento inevitável.

No Goiás, a recém chegada do técnico Thiago Larghi trouxe uma esperança de recuperação, mas só a troca no comando técnico é pouco: o elenco do Goiás não tem dado resposta dentro de campo – o próprio técnico já disse que o clube precisa contratar reforços.

O Goiás já contratou o lateral direito Edílson mas precisa de dois jogadores para o meio-campo (um segundo volante e um meia de criação) e de pelo menos mais dois atacantes (um de beirada de campo e outro de área) para cumprir melhor papel na competição.

Sintetizando: no Goiás é preciso que cheguem os reforços e no Atlético o técnico precisa se enquadrar e entregar um trabalho melhor para o clube e sua torcidas. Se estas medidas não acontecerem, dificilmente as duas equipes terminarão a disputa fora dos lugares onde estão na classificação: a zona do rebaixamento.