O presidente Jair Bolsonaro e o educador Paulo Freire (Fotos: Agência Brasil) 

Como de costume, o presidente Jair Bolsonaro tirou fotos com seus apoiadores nesta segunda-feira (16), na saída da residência oficial do Palácio do Planalto. Mas enquanto atendia seu eleitorado, o presidente falou sobre a não renovação do contrato com a empresa que gere a TV Escola e na ocasião, disse que o patrono da educação brasileira, Paulo Freire, é um energúmeno.

“Era uma programação totalmente de esquerda. Ideologia de gênero. Dinheiro público para ideologia de gênero. Então tem que mudar. Daqui a cinco, dez, 15 anos vai ter reflexo em cima disso daí. Os caras estão há 30 anos no ministério e tem muitos aqui formados nessa filosofia do Paulo Freire, esse energúmeno, ídolo da esquerda”.

Bolsonaro se referiu a decisão do Ministério da Educação de não renovar o contrato com a empresa que administra a TV Escola, a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp). A organização é responsável pela produção do conteúdo e pela gestão operacional da emissora.

Paulo Freire foi um educador brasileiro que faleceu em 1997. Seu método de ensino para a alfabetização conta com experiências de vida das pessoas e é reconhecido no Brasil e no mundo, porém é colocado pelo governo Bolsonaro como o culpado pelo baixo desempenho da educação brasileira. Pedagogia do oprimido, livro de Freire, é a única obra brasileira que aparece na lista do projeto Open Syllabus, que aponta os 100 livros mais pedidos pelas universidades de língua inglesa.