O presidente Jair Bolsonaro (PL) figura em segundo nas pesquisas dos institutos Datafola, Ipec e Quaest, que medem intenção de voto dos eleitores brasileiros, mas é o candidato ao Palácio do Planalto que mais responde a processos propostos por adversários no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – posto que costumeiramente é ocupado por quem lidera as pesquisas. Levantamento do jornal Estadão mostra que Bolsonaro é alvo de quase 25% das ações em tramitação na Corte. Os motivos vão desde a disseminação de fake news até abuso de poder político e econômico.
O TSE tinha, até o início deste mês, 110 processos em tramitação. Somente Bolsonaro responde a 25 desses casos, em sua maioria ajuizados pelo PT. Ao todo, foram 16 representações apresentadas pelo PT e aliados. O presidente é acusado de ter feito propaganda eleitoral antecipada, propagar ideias negativas contra adversários, disseminar notícias falsas, realizar ataques à honra dos adversários e incitar a violência.
O ex-presidente Lula (PT) tem o segundo maior número de processos. O petista é alvo de 14 ações apresentados até o último dia 2. As principais acusações são de propaganda eleitoral antecipada, veiculação de discurso de ódio, propaganda negativas contra adversários e disseminação de notícias falsas. Uma das acusações sob análise do TSE é a participação de Lula em ato de campanha em Campina Grande (PB). Na ocasião, Lula disse que a campanha em curso não é comum e que seu partido luta contra milicianos e fascistas.
Na lista
Ciro Gomes (PDT) responde a duas ações por propaganda irregular e falsa acusação de crime ao aludir que Bolsonaro teria comportamento “genocida”. Essa última ação foi movida pela coligação Pelo Bem do Brasil, que apoia o presidente. A candidata Simone Tebet (MDB), até agora, não responde a processos no TSE.
Resposta
Procurada, a campanha de Bolsonaro disse que o alto número de processos se deve à falta de critérios dos adversários para acionar a Justiça Eleitoral. A equipe jurídica de Lula declarou que a coligação “tem tido êxito ao demonstrar a regularidade dos atos”.
Propostas
Coordenador jurídico da candidatura de Ciro, o advogado Walber Agra disse que o baixo número de representações contra o pedetista tem relação “com a campanha focada em propostas”.
A propósito…
O ministro, Benedito Gonçalves, do TSE, proibiu o presidente Jair Bolsonaro (PL) de usar na sua propaganda eleitoral imagens feitas durante os eventos oficiais de 7 de Setembro. O magistrado estabeleceu pena diária de R$ 10 mil em caso descumprimento. Gonçalves também determinou à TV Brasil que exclua trechos da transmissão disponível no Youtube em 24 horas.
Dinheiro público
O ministro foi convencido de que houve utilização eleitoral da cerimônia, pelo fato de Bolsonaro ter convocado seus apoiadores para as ruas, enquanto que as imagens da TV Brasil focaram em Bolsonaro, mesmo durante o desfile, que fere o princípio da isonomia.
Protocolar
O governador Ronaldo Caiado (UB) repercutiu de forma protocolar os números da pesquisa Serpes que o apontam em crescimento e com maior chance de vencer a disputa ao governo estadual já no primeiro turno. “Continuaremos trabalhando muito, com os pés no chão e humildade”, disse.
Agenda
A declaração foi dada durante carreata pelo Sudoeste goiano, nos municípios de Rio Verde e Santa Helena. Caiado lidera isolado com 53,9% das intenções de voto, o que representa quase 64% dos votos válidos.
Oportunidade
“A eleição só é definida no dia 02 de outubro, às 17 horas. Aí sim vamos ver a vontade popular”, afirmou o governador. O candidato do União Brasil disse que, caso tenha a oportunidade de um segundo mandato, continuará “levando Goiás a uma posição que merece no cenário nacional”, afirmou.
Transporte
O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia e candidato ao governo, Gustavo Mendanha (Patriota), prometeu, durante carreatas no entorno do Distrito Federal, subsidiar o transporte na região. Mendanha passou por Cristalina, Cidade Ocidental, Novo Gama, Valparaíso de Goiás, entre outros municípios.
Crítica
Mendanha citou que defende o transporte subsidiado desde a gestão em Aparecida. “O atual governo virou as costas para os goianos que vivem na Região Metropolitana do Planalto. Como governador, vou viver aqui e trazer políticas públicas, como o subsídio do transporte coletivo, que faça esse povo ter orgulho de pertencer a Goiás”, prometeu.
