Depois de Maria Esther Bueno e Gustavo Kuerten, multicampeões no circuito do tênis mundial, o Brasil voltou a ter um protagonista o cenário do esporte. A paulistana Bia Haddad figura entre as 10 melhores tenistas do mundo e, aos 27 anos, mantém vivo o sonho da conquista de torneios importantes.

Na última edição de Roland Garros, um dos torneios Grand Slam, na França, Bia foi até a semifinal, eliminada pela polonesa Iga Swiatek, que ficou com o título. Mais do que apresentar um jogo em bom nível, as atuações da brasileira reacenderam o interesse pelo esporte, não só pra quem gosta de acompanhar os jogos pela televisão, mas para quem deseja começa a jogar.

Um bate-papo em torno do momento de Bia Haddad, os desafios de se praticar a modalidade em Goiânia e ainda a opinião de quem tem o esporte como um hobby, marcam a edição 148 do PodCast Debates Esportivos.

Desafios

São várias as quadras particulares espalhadas por Goiânia. Grupos de jogadores frequentam aulas e têm a chance de praticarem a modalidade. No entanto, o custo por uma aula de tênis é alto se considerarmos o preço dos equipamentos, especialmente da raquete.

“É um esporte caro. Uma raquete custa uns R$ 1.500,00. Ainda tem o tênis apropriado, mas cada esporte tem suas particularidades”, lembra Marcela Guimarães, ex-jogadora profissional, que atualmente dá aulas de tênis em Goiânia.

De acordo com Marcela, pelo menos em Goiânia, o desafio é fazer com que o número de atletas infanto-juvenis seja maior. Ao mesmo tempo que muitos adultos praticam a modalidade, existe dificuldade para reunir tenistas jovens para a realização de torneios. A professora defende que praticar outras modalidades, estimular o contato com a bola, pode fazer com que as crianças desenvolvam o interesse pelo tênis.

“Semana passada teve um torneio aqui em Goiânia e o menino que treino, de 12 anos, teve de subir para a categoria de 14, porque não tinha atletas na idade”, explica Marcela, que reconhece que o nível em Goiás é menor do que em São Paulo e Paraná, por exemplo.

Competição

E como é ter o tênis como um hobby? Muitos são so casos de pessoas que fazem de um bate-bola na quadra um momento para exercitar e desestressar. A jornalista Laila Melo é um exemplo, mas nada daquela “competição” em quadra.

“Nós mulheres, enquanto meninas, não somos incentivadas a competição. Já os meninos começam no futebol desde criança e já tem o espírito competitivo. A quadra de tênis é o meu local de descanso. É a minha meditação. É o meu hobby”, que lamenta o fato de ter menos meninas jogando em comparação aos meninos.

“Na academia onde jogo, não vemos grupo formados apenas por meninas”, finalizou Laila, que conta com a companhia dos dos também jornalistas Rubens Salomão e Gabriel Hamon na partidas de tênis durante a semana.

Podcast

Há 30 anos, o programa Debates Esportivos faz parte da rotina do torcedor goiano com os principais fatos do esporte em Goiás com transmissão pela Rádio Sagres 730 AM. Em novo formato e diversas plataformas, você confere o mais respeitado podcast do esporte goiano.

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