Vinícius Tondolo
Vinícius Tondolo
Vinicius Tondolo é diretor executivo do Sagres Educa, jornalista do Sistema Sagres de Comunicação, Mestre em Comunicação, docente e especialista em Objetivos de Desenvolvimento Sustentável pelo curso de formação internacional MAIA

Brasil e Emirados apresentam suas estratégias para financiar a sustentabilidade

As transformações econômicas, sociais e culturais que a humanidade precisa assumir impactam uma lógica milenar de exploração, degradação e consumo desenfreado de todos os países, em especial àqueles que estão no G-20 (e que são responsáveis por 80% da emissão de carbono no planeta), e que representam a base originária de todas as consequências experimentadas no contexto das mudanças climáticas.

E a grande pergunta que se faz durante a COP-28, aqui em Dubai, é: “Como e quem vai pagar esta conta?”. Acredito que por isso, os Emirados Árabes se esforçam para apontar os caminhos do financiamento. Logo no segundo dia de evento, o país anunciou um fundo privado, com sede em Abu Dhabi, com capacidade inicial de US$30 bilhões e com de movimentar US$250 bilhões até 2030. Os principais participantes deste fundo são: BlackRock (bitcoins), Brookfield (construção) e TPG. O seu foco será na transição energética, Indústria de descarbonização, vida sustentável e tecnologias climáticas.

No mesmo dia, o Brasil apresentou as bases de um Fundo de Proteção a Floresta Tropical com a defesa de uma visão mais sistêmica da proteção ambiental. Além da biodiversidade, inclui o cuidado com as comunidades locais, projetos de reflorestamento e de manutenção da floresta intacta. A meta do fundo é captar US$250 bIlhões.

A estratégia do fundo é a seguinte: Após aplicado estes recursos, a rentabilidade líquida será a fonte de pagamento aos países. Haverá um valor fixo anual para cada hectare mantido e recuperado. Caso haja um retrocesso nas políticas, o país integrante é punido em 100x o valor do hectare “perdido”.

O ministro da Fazenda, Fernanda Haddad, em sua participação, afirmou que o Brasil necessita de US$ 130 bilhões/ano para transformar toda a infraestrutura atual e aplicar uma visão mais sustentável à ela.

Foto: COP28/Instagram

[GIRO PELA COP 28]

– BRASIL E EMIRADOS fecharam um acordo para mobilizar recursos e apoio ao desenvolvimento da COP30, em 2025, em Belém. Os governos – federal e do Pará – se mobilizam para estabelecer parcerias e melhor estruturar a edição brasileira. Ainda sem sede em 2024, a tendência que seja em Bohn, na Alemanhã e a presidência da COP permaneça com Sultan Al Jaber.

A VEREADORA DE GOIÂNIA, Katia Maria (PT), apresentou em painel sobre o papel das mulheres no enfrentamento das mudanças climáticas, a expedição pelo Rio Meia Ponte. Ela convidou a primeira dama, Janja, para ser a madrinha do projeto.

RUMOS ALIMENTARES Países como Indonésia, Tanzânia e Emirados tem liderado o discurso da transformação dos sistemas de produção de alimentos. 134 países precisam mudar a lógica da indústria agrícola. Para tal, estima-se US$2,5 bilhões para reestruturar mais de 160 milhões de hectares em todo o mundo, 500 milhões de agricultores e representam 76% do total das emissões de carbono oriundas do Agro.

Veja também:

Combustíveis fósseis: John Kerry afirma que Estados Unidos vão parar de construir usinas de carvão

Dubai inicia COP28 com missão clara para o mundo

Mais lidas:

Leia também: